Últimos dois acusados do caso Bruno são julgados em MG
O julgamento de Elenilson da Silva e Wemerson Marques, o Coxinha, os dois últimos réus do caso Eliza Samudio, a ex-amante do goleiro Bruno Fernandes de Souza, está previsto para terminar no começo da madrugada desta quarta-feira (28), em Contagem (MG).
Eles são acusados de sequestro e cárcere privado do filho de Eliza com Bruno. Ambos negam participação.
No começo da noite começou o debate entre Promotoria e defesa. O promotor Henry Vasconcelos pediu a condenação de Elenilson e Coxinha.
No depoimento que prestaram, os dois disseram que cumpriam ordens de Dayanne e de Bruno e por isso tiraram a criança do sítio do goleiro, quando souberam que a polícia estava atrás do bebê. O júri é composto por cinco mulheres e dois homens.
O crime ocorreu em junho de 2010. Eliza e seu bebê foi levada do Rio para a região metropolitana de Belo Horizonte por Bruno, seu ex-secretário Luiz Romão, o Macarrão, e um primo adolescente do goleiro na ocasião, Jorge Sales, que agrediu a moça.
Depois disso, ela nunca mais foi vista. O bebê foi encontrado pela polícia mineira após uma amiga de Eliza denunciar o desaparecimento dela. Ele estava com a ex-mulher de Bruno, Dayanne Souza.
Apesar disso, Dayanne foi absolvida a pedido do Ministério Público, mas no seu julgamento ela apontou o envolvimento de um policial que está sendo investigado. A Promotoria negou acordo.
Bruno admitiu a morte de Eliza no seu julgamento e foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
O motivo do crime foi banal. Bruno, que recebia cerca de R$ 300 mil por mês no Flamengo, não queria reconhecer o filho que teve com Eliza nem lhe pagar pensão.
Antes da condenação do goleiro, Macarrão foi condenado a 15 anos de prisão. Como foi o primeiro a admitir o crime e culpar Bruno pelo mando, ele foi beneficiado com a pena mínima no homicídio (12 anos).
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como executor de Eliza, foi condenado a 22 anos de prisão pela morte e ocultação do cadáver.
A ex-namorada de Bruno, Fernanda Castro, foi condenada a cinco anos de prisão em regime aberto pelo sequestro e cárcere privado de Eliza. Ela estava no carro quando Eliza foi levada para BH. O primo adolescente na época cumpriu medida socioeducativa.
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