Quatro vítimas do desabamento em São Mateus continuam internadas
Quatro pessoas feridas no desabamento de um prédio em São Mateus, zona leste de São Paulo, na terça-feira (27), ainda estão internados. A queda do imóvel matou dez pessoas e deixou outras 26 feridas.
A situação mais grave é de Ralisson Teixeira Silva, de 22 anos. Ele sofreu múltiplas fraturas e está internado na UTI do Hospital Santa Marcelina.
A assessoria do hospital disse os médicos já começaram a retirar os medicamentos e a situação dele evoluiu, mas ainda não há previsão de alta.
Também no Santa Marcelina estão Francisco Diego Borges Vasconcelos, 21, e Antônio Nilson Teixeira, 31. O primeiro sofreu fraturas no crânio e na face e tem acompanhamento de um neurologista.
Já Teixeira teve fraturas nas pernas.
A condição dos dois é considerada estável, mas eles também não têm previsão de alta.
A última pessoa internada é Alcides Ferreira dos Santos, 31, que está no Hospital Geral de São Mateus. Ele também tem condição estável, sem previsão de sair.
ACIDENTE
O desabamento ocorreu na manhã da última terça-feira, quando havia 37 operários trabalhando no local. As buscas pelas vítimas prosseguiram até a tarde de ontem, quando foi localizado o décimo e último corpo, de Antônio Wellington.
Após o término das buscas, os homens do Corpo de Bombeiros fizeram um minuto de silêncio e foram aplaudidos pelas cerca de 80 pessoas que acompanhavam os trabalhos.
"Apesar das dez mortes, ficamos felizes por salvar tantas vidas", afirmou o major Anderson Lima, que comandou os trabalhos de resgate. Ao todo, o acidente deixou 10 mortos e 26 feridos. Os últimos corpos a serem localizados foram, nesta quinta-feira, são de Antônio Wellington e Claudemir Viana.
PROJETO
Na quarta-feira (28), a administração municipal afirmou ainda que a planta do prédio apresentada à prefeitura no pedido de alvará mostrava apenas um andar no imóvel, apesar dele ter dois.
A planta foi apresentada pela arquiteta Rosana Januário Ignácio e aponta a construção de um pavimento com três divisões --três lojas. O pedido de Alvará de Aprovação de Edificação Nova foi indeferido em 27 de maio de 2013. Alguns dias depois, ela teria apresentado um pedido de reconsideração e uma outra planta, de dimensões e especificações diferentes.
A administração acrescentou ainda que "a empresa Salvatta Engenharia também não havia solicitado autorização para qualquer obra, reforma, mudança estrutural ou escavação de solo no imóvel". O advogado Edilson Carlos dos Santos, que representa o proprietário do imóvel, afirmou que foram feitas escavações no local.
A nota da prefeitura diz ainda que "não consta também pedido no Contru (que controla o uso dos imóveis) para construção de elevadores ou escadas rolantes", em resposta a outra afirmação do advogado que disse que esse tipo de equipamento estava sendo instalado no local.
A reportagem tentou falar com a arquiteta por telefone, mas ela não se manifestou. Já a Salvatta Engenharia afirmou que ainda não teve conhecimento oficial das afirmações da prefeitura e que só irá se manifestar quando for notificada judicialmente.
Editoria de arte/Folhapress | ||
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