Designer recebe R$ 12 mil em premiação por grafismo de relevos do Rio
Os relevos do Rio de Janeiro são expostos com o grafismo de cores tropicais em azulejos que fizeram o designer carioca Thiago Raqui ganhar o 2º Concurso Rio em Cartaz, promovido pela prefeitura da cidade este ano. O artista conseguiu a melhor nota (8,5) entre os 34 participantes e receberá o prêmio de R$ 12 mil.
"Este ano a disputa foi acirrada e foi difícil selecionar as melhores imagens dentre tantos trabalhos de qualidade. Espero que a cada ano mais designers possam participar do concurso, que é um dos que tem a maior premiação no país para imagens de cidades. Agora, o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, junto com a Riotur (estatal de turismo da cidade), irá viabilizar que o vencedor tenha seus trabalhos divulgados em mobiliários urbanos para propaganda da cidade", disse Washington Fajardo, presidente do instituto, em nota divulgada nesta segunda-feira.
De acordo com a prefeitura, Thiago Raqui buscou unir ícones da cidade numa única imagem para criar o cartaz vencedor. "Quis mostrar como elementos diversos juntos podem somar uma imagem maior, mas sempre conservando as suas respectivas individualidades", afirmou o autor da pintura. Raqui disse ainda que quis mostrar numa única parede de azulejos uma imagem urbana com inúmeros ícones da cidade.
A segunda colocação ficou com a designer Melina Portela Perrendorfer, moradora de Teresópolis, região serrana do Rio. A imagem utiliza delicadas linhas que formam a cabeça de uma mulher que apresenta os elementos da cidade na mente, representando a paisagem urbana no imaginário coletivo. A média do cartaz foi 8,0 e a designer receberá uma premiação de R$ 5 mil.
Alexandre Lindenberg Utchitel, designer de São Paulo, foi o terceiro colocado, com média final 7,5, e receberá R$ 3 mil. "O cartaz utiliza a palavra Rio numa alusão construtiva da paisagem da cidade", explicou o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, em nota.
O objetivo do concurso foi promover a reflexão sobre o papel do design nas cidades, além de incentivar o uso do cartaz como expressão cultural, função social e identidade do design. A disputa foi aberta para estudantes e profissionais de design, arquitetura, comunicação, belas artes e áreas afins, residentes no país.
A comissão julgadora foi formada por Fajardo e dois representantes da sociedade civil: designer Gabriel Patrocínio e Marcelo Martinez. A comissão levou em consideração cinco itens para avaliação dos trabalhos inscritos: conceito, originalidade e criatividade da proposta; clareza de comunicação; impacto visual e qualidade estética; e viabilidade técnica.
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