São Paulo e Rio têm noite de violência após protestos em apoio a professores
Em um dos mais violentos protestos desde as manifestações de junho, São Paulo e Rio de Janeiro registraram confrontos com a polícia e atos de vandalismo na noite de hoje.
Em São Paulo, um grupo de pessoas encapuzadas usou paus, pedras e até marretas para depredar as vidraças e caixas eletrônicos de ao menos cinco agências bancárias da região central. A maioria dos integrantes era adeptos da tática 'black bloc' (que defendem protestos violentos) e participava de manifestações iniciadas na avenida Paulista e no Theatro Municipal, em apoio à greve na USP e dos professores no Rio de Janeiro.
No Rio, após duas horas de passeata pelo centro também em apoio aos professores, grupos de 'black blocs' desafiou policiais militares junto à Câmara Municipal.
Por volta das 20h, cerca de cem 'black blocs' começaram a jogar coquetéis molotov e bombas caseiras em direção ao prédio da Câmara. Vidraças foram quebradas, e o grupo tenta invadir o prédio. Funcionários usavam extintores para apagar as chamas na lateral do Legislativo municipal.
Após o início do tumulto, professores deixaram a Cinelândia por não concordarem com o protesto violento.
A violência, porém, continuou. Manifestantes incendiaram um ônibus e o Clube Militar, ambos no centro do Rio. Coquetéis molotov também foram atirados contra o prédio do Consulado dos EUA. O edifício Serrador, onde fica a sede da EBX, holding do empresário Eike Batista, teve a vidraças quebradas por pedras.
SÃO PAULO
No centro da capital paulista, os manifestantes viraram um carro da Polícia Civil na avenida Rio Branco, próximo à rua Aurora. O veículo faz parte da frota do 3º DP (Campos Elíseos).
Nas avenidas Ipiranga e Rio Branco, foram destruídas três agências do Santander, uma do Itaú e uma do Bradesco. Um McDonald's da avenida Ipiranga também foi invadido e depredado. Em um Habbib's na mesma via, os manifestantes jogaram uma bomba e ainda roubaram um extintor.
O grupo deixou um rastro de destruição por onde passou. Sacos de lixo foram amontoados e incendiados em diversas vias do centro da cidade. Os 'black blocs' reviraram lixeiras e até tentaram roubar um colchão de um mendigo para atear fogo, mas foram impedidos pelo morador de rua.
A entrada do metrô República foi parcialmente fechada após tentativa de invasão dos manifestantes.
Em São Paulo, manifestantes também apoiavam a greve de alunos da USP, que defendem eleições diretas para a escolha do novo reitor da universidade.
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