Comerciantes fecham as portas durante protesto no centro de SP
Diversos comerciantes da região central de São Paulo fecharam as portas durante a passagem dos manifestantes que fazem um ato pedindo o fim das passagens no transporte público. O ato reúne em torno de 2.000 pessoas, segundo a PM, e seguia pela av. 23 de Maio no início da noite desta sexta-feira.
O grupo se reuniu na frente do Theatro Municipal, onde policiais militares fizeram um cerco, e deve seguir em passeata até a praça da Sé. O grupo fez algumas pichações e queima uma catraca de madeira quando passava pela região do Anhangabaú.
O tenente coronel Wagner Rodrigues, que comanda a segurança durante o ato, afirmou à Nina Capelo, membro do MPL, que, segundo informações coletadas em redes sociais, "black blocs" planejam iniciar um confronto com a PM durante o ato. Durante a passeata, os mascarado seguem a frente dos outros manifestantes.
Esse é o terceiro ato promovido pelo grupo nesta semana. Os dois primeiros ocorreram nas regiões do Grajaú e do Campo Limpo (zona sul) e pediam melhorias no transporte local. No protesto de hoje, o grupo pede passe livre em toda a cidade e é contra as mudanças em linhas de ônibus.
Na quarta-feira, a manifestação terminou em confronto com policiais militares na avenida Atlântica, quando manifestantes quebraram o vidro de um carro que furou o bloqueio do grupo. Já no ato de ontem (24), a SPTrans fechou o Terminal Campo Limpo por mais de uma hora para impedir a entrada dos manifestantes.
"Nossa preocupação hoje é oferecer proteção às pessoas, ao patrimônio e também o direito de se manifestar", disse o tenente Wagner Rodrigues, comandante do policiamento. "Nem mandei trazer", acrescentou sobre o uso de balas de borracha.
"A nossa intenção é que seja um protesto pacífico e que não haja radicalizações", disse Nina Capelo, membro do MPL.
O MPL foi o responsável pela onda de protestos ocorrida em junho e que causou a redução do preço da tarifa de ônibus em todo o país. Segundo o movimento, protestos em série ocorrem em outubro desde 2004, ano em que houve a "revolta da catraca", em Florianópolis, quando o MPL surgiu.
OUTROS
Segundo a PM, havia no horário outros dois atos em São Paulo. Eles estavam na av. João 23 e na rua Conselheiro Carrão (zona leste) e reuniam respectivamente 60 e 15 pessoas contra a implantação de faixas exclusivas de ônibus. De acordo com a polícia, os dois protestos eram pacíficos.
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