Para Alckmin, quem agredir PM em serviço deve ter punição severa
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) condenou neste sábado (26) pelo twitter a agressão sofrida pelo coronel da Polícia Militar, Reynado Rossi. Após o fato, o governador diz defender maior punição para quem agride policiais em serviço.
"Defendemos a mudança da lei federal para que o crime de agressão a policiais tenha agravante. Policiais são representantes do Estado e defensores da sociedade", escreveu Alckmin no microblog.
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Em Buri, cidade a 270 Km de São Paulo, durante uma coletiva à imprensa neste sábado, Alckmin voltou a falar sobre o assunto. Ele chamou os vândalos de 'marginais'. "É inadmissível tudo isso. Há manifestações legítimas que fortalecem a democracia e a liberdade de expressão. [O que aconteceu] não é liberdade de expressão", afirmou.
Rossi foi espancado por um grupo de adeptos do "black bloc" --que pregam destruição do patrimônio como protesto - na entrada do terminal Dom Pedro 2º, no centro de São Paulo, na noite desta sexta-feira (25). Ele fraturou ossos do ombro e sofreu várias lesões pelo corpo. O coronel recebeu alta neste sábado do Hospital das Clínicas.
Até a tarde de hoje, oito adultos continuavam presos e três adolescentes apreendidos. Um dos presos, Paulo Henrique Santiago dos Santos, 22, foi indiciado sob suspeita de tentativa de homicídio do coronel. Outro rapaz de 22 anos também está sendo investigado e é suspeito de participar do espancamento.
VANDALISMO
A confusão começou por volta das 20h20 de ontem, quando os manifestantes invadiram o terminal e depredaram 18 caixas eletrônicos, dois ônibus e cinco cabines de venda de bilhete. A polícia respondeu com bombas. Telefones públicos ficaram destruídos e extintores de incêndio foram usados para quebrar vidros e cabines de venda de bilhete.
Por volta das 21h, o grupo se dispersou por ruas da região, onde foram depredadas ao menos três agências bancárias, sendo elas dos bancos Safra, Santander e Itaú. A PM usava bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.
Esse foi o terceiro ato organizado pelo MPL (Movimento Passe Livre) nesta semana na capital paulista. Os dois primeiros ocorreram nas regiões do Grajaú e do Campo Limpo (zona sul) e pediam melhorias no transporte local. O de ontem defendia o fim das passagens no transporte público e contra as mudanças nas linhas de ônibus.
O MPL foi o responsável pela onda de protestos ocorrida em junho e que causou a redução do preço da tarifa de ônibus em todo o país. Segundo o movimento, protestos em série ocorrem em outubro desde 2004, ano em que houve a "revolta da catraca", em Florianópolis, quando o MPL surgiu.
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