Bombeiros investigam se prédios têm laudo de vistoria
Os bombeiros investigam se a academia e os dois prédios atingidos pelo incêndio tinham o AVCB (Alvará de Vistoria do Corpo de Bombeiros) em ordem.
Segundo Roberto Rensi Cunha, comandante dos Bombeiros Metropolitanos, os grandes responsáveis pela dificuldade no combate ao fogo foram botijões de gás do prédio residencial na avenida Rio Branco. " Os botijões de gás viraram maçaricos no incêndio", explica.
Outro problema encontrado pelo comandante dos bombeiros foram as portas corta-fogo trancadas no edifício comercial na avenida Ipiranga, que fica ao lado da academia.
Segundo Cunha, na última vistoria realizada pelos bombeiros no prédio comercial em março deste ano foram constatadas irregularidades.
Cunha não soube informar se as mudanças técnicas solicitadas pelos bombeiros foram realizadas.
Incêndio atinge prédio no centro de SP
Segundo os bombeiros, o fogo começou na academia SmartFit na esquina da rua do Boticário com a avenida Ipiranga, no centro de São Paulo na madrugada desta sexta-feira. O fogo atingiu também parte de um prédio comercial e três andares de um residencial localizados ao lado do estabelecimento.
Cerca de 30 pessoas, moradoras de um prédio vizinho na esquina da avenida Rio Branco com a avenida Ipiranga, foram levadas à Santa Casa de São Paulo e aos hospitais São Paulo, Vergueiro e das Clínicas. A vítima mais grave foi um idoso que sofreu queimaduras de segundo grau. Um bombeiro também foi atendido após cortar a mão.
Editoria de Arte/Folhapress |
O incêndio começou por volta da 1h e foi controlado duas horas depois por 48 equipes do Corpo de Bombeiros, totalizando 150 homens. Por volta das 6h30, os bombeiros permaneciam no local fazendo o trabalho de rescaldo para apagar pequenos focos de fogo. A expectativa da Defesa Civil é de começar a vistoria do edifício por volta das 10h.
Segundo os bombeiros, o fogo começou em uma academia recém-inaugurada e alcançou dois prédios vizinhos. O vento espalhou a fumaça para outros edifícios e fazia cair fagulhas na rua.
Os moradores de um prédio de 25 andares foram forçados a deixar os 146 apartamentos e acompanharam na rua o trabalho dos bombeiros. Muitas pessoas passaram a madrugada sentadas nas calçadas da avenida Rio Branco, algumas delas utilizavam cobertores para se proteger do frio da madrugada. Outras seguravam crianças e animais de estimação que conseguiram retirar dos apartamentos.
Jair Paca de Lima, coordenador da Defesa Civil, afirmou que um dos problemas enfrentados no resgate foi o da comunicação. Muitos estrangeiros, entre eles chineses, bolivianos e peruanos, vivem no local e não entendiam as ordens dadas por bombeiros para deixar os apartamentos. Alguns se recusaram a abrir as portas com medo de roubo e os bombeiros tiveram que arrombar.
Segundo a instituição, mais de 50 pessoas que inalaram fumaça foram atendidas em um posto de socorro montado na avenida Ipiranga. Elas eram retiradas do prédio pelos bombeiros e levadas a lonas coloridas estendidas na rua Rio Branco de acordo com o grau de gravidade. Nas lonas verdes eram colocados os casos mais leves, na amarela os medianos e na vermelha os mais graves.
Após a seleção dos pacientes, médicos do Grau (Grupo de Resgate e Atenção as Urgências e Emergências) faziam a medição de oxigenação no pulmão e batimentos cardíacos e anotavam a caneta na mão das vítimas para controle.
As causas do incêndio serão investigadas.
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