Haddad quer que bailes funk aconteçam em clubes da prefeitura
O prefeito Fernando Haddad disse, na manhã desta segunda-feira (20), que os CDCs (Clubes da Comunidade) poderão ser usados para a realização dos bailes funk. O objetivo é evitar transtornos em bairros residenciais.
De acordo com o prefeito, 12 centros já estão funcionando 24 horas por dia e poderão receber os bailes. "A recomendação que eu fiz ao Simão Pedro, secretário de Serviços, é para tratar o CDC como se fosse uma praça pública, não com iluminação privada, com iluminação pública, que acende automaticamente com o cair do sol", disse Haddad.
"Ali, se tiver gestão, as pessoas vão poder chegar com o seu som, vão poder fazer a sua ocupação numa área distante da residência dos trabalhadores que precisam descansar um pouco para retomar suas atividades no dia seguinte", completou o prefeito.
No total, há 289 CDCs na cidade. De acordo com a prefeitura, são unidades esportivas em terrenos municipais, mas a administração é indireta.
A gestão do espaço é feito por entidades da comunidade local com reconhecida vocação no trabalho esportivo, legalmente constituídos em forma de associação comunitária ou e eleitos pela própria população do bairro.
A Secretaria de Esportes coordena o processo de eleição das entidades que farão esta gestão, fiscaliza o uso. Cabe também a pasta, a implementação de políticas públicas e a criação de atividades no calendário destes espaços.
VETO
No começo do mês, Haddad vetou o projeto de lei que proibia a realização de bailes funk em locais públicos. A medida havia sido aprovada pela Câmara e dependia da sanção do prefeito para virar lei.
De acordo com a justificativa do veto, o funk é uma "expressão legítima da cultura urbana jovem, não se conformando com o interesse público, à toda evidência, sua proibição de maneira indiscriminada nos logradouros públicos e espaços abertos".
Os vereadores que apresentaram o projeto afirmavam que os bailes funk estimulam o uso de bebidas alcoólicas e drogas, reúne grande número de menores de idade, além de prejudicar o trânsito, inclusive com fechamento de ruas, e os moradores, com músicas altas e casos de vandalismo.
Ontem, um grupo de jovens incendiou sacos de lixo e depredou e saqueou um supermercado Extra, na região da Penha, zona leste de São Paulo, após a Polícia Militar interromper um baile funk. Ninguém foi preso.
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