Chefe do PCC é isolado em presídio de segurança máxima no interior de SP
A Secretaria da Administração Penitenciária transferiu na tarde desta terça-feira (11) o principal chefe da facção criminosa PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e mais três integrantes do grupo, para o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado).
A transferência foi determinada pela Justiça de São Paulo na noite de ontem, conforme revelou a Folha hoje.
Marcola, que está preso em Presidente Venceslau (611 km de São Paulo), deverá cumprir pena de 60 dias no regime em um presídio no município de Presidente Bernardes. O pedido de internação foi feito pelas Secretarias da Administração Penitenciária e da Segurança Pública após vazamento de plano de fugo dos integrantes do PCC.
Rogério Cassimiro/Folha Imagem |
Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC |
Segundo o TJ, esta é uma medida cautelar, ou seja pode ser questionada pela defesa de Marcola. Durante o período que o criminoso estiver no RDD, o tribunal vai analisar mais provas sobre o plano de fuga do criminoso.
Marcola deverá ficar 22 horas isolado em uma cela. Marco Antônio Arantes de Paiva, advogado do criminoso, nega envolvimento do seu cliente no caso e diz que recorrerá da decisão.
Sob forte esquema de segurança, outros três membros da quadrilha de Marcola, também foram transferidos para o RDD no presídio de Presidente Bernardes. Cláudio Barbará, Célio Marcelo da Silva, o Bin Laden, e Luiz Eduardo Marcondes, o Du Bela Vista também são suspeitos de participar de um suposto plano de fuga da prisão.
O plano, segundo a versão oficial, era investigado desde janeiro de 2013. Seriam usados dois helicópteros para tirar os criminosos do presídio e levá-los ao Paraguai, passando pelo Paraná.
Marcola já esteve outras vezes internado no RDD. Nesse regime, o preso fica em cela individual, sem acesso a noticiário, sem direito a visitas íntimas e com apenas duas horas diárias de banho de sol.
No ano passado, o Gaeco, grupo de promotores que investiga o crime organizado, interceptou conversas telefônicas em que membros do PCC ameaçavam fazer "greve branca" nos presídios caso seus chefes fossem para o RDD.
A "greve" consistiria em não comparecer a audiências ou outras atividades. Se as autoridades revidassem, diziam as gravações, a facção promoveria ataques nas ruas.
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