Áudio mostra piloto informando falha antes de pouso de emergência
O piloto do avião da Avianca que fez um pouso de emergência no início da noite desta sexta-feira comunicou a torre de controle sobre a falha no trem de pouso dianteiro às 17h05. Em seguida ele sobrevoou Brasília para gastar combustível e minimizar as chances de uma explosão na aterrissagem.
Durante conversa com a torre de controle, o piloto do voo O6 6393 descreve a falha e o procedimento tomado, além de pedir apoio de solo, com equipes dos bombeiros e ambulâncias. O pouso ocorreu às 17h55, de barriga, por conta da falha no trem de pouso.
Durante a aterrissagem, equipe dos bombeiros jogou espuma sobre a pista, para evitar atrito da fuselagem -o que poderia provocar incêndio. O avião tinha 44 passageiros e cinco tripulantes a bordo, que foram retirados do avião por escorregadeiras infláveis acionadas de dentro do avião.
A FAB considera que, diante da emergência, o pouso foi muito bem sucedido. O órgão informou ainda que uma equipe do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) já está no local para conduzir as investigações sobre os fatores que contribuíram para o pouso forçado.
A FAB deverá produzir um relatório sobre o caso, mas ainda não há prazo para a sua conclusão. Mesmo que ficar comprovado alguma irregularidade, a Aeronáutica não poderá fazer nenhum tipo de sanção à Avianca, segundo informou a assessoria de imprensa da FAB.
O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, tuitou no início da noite sobre o incidente. Em um primeiro momento, ele afirmou que o pouso foi "mal sucedido (de barriga) com uma pane hidráulica".
Minutos depois, o ministro apagou o tuite e o substituiu por outro que informa apenas que o pouso foi "de barriga". Ele pediu compreensão a todos pois "alguns voos poderão atrasar", já que a pista está interditada.
A Avianca disse, em nota, que o pouso ocorreu de "forma segura". "Todos os passageiros foram desembarcados e transportados, em ônibus, até o terminal de passageiros. Após o desembarque, alguns passageiros optaram por seguir em suas conexões. Durante toda a ocorrência, priorizamos a assistência aos passageiros."
Folhapress | ||
Avião da Avianca faz pouso forçado no aeroporto de Brasília; trem de pouso dianteiro não abriu |
Veja a mensagem do piloto:
"Procedimentos descritos, não obtivemos sucesso. Ainda temos a informação do trem de nariz não baixado e travado. A partir de agora, a gente declara emergência.
A gente ainda tem ainda aproximadamente mais 17, 18 minutos de combustível. Eu vou baixar o combustível até obter 700 kg, mais próximo para eu poder prosseguir de forma segura para prosseguir até para o pouso não com muito combustível. Não desejo fazer uma passagem baixa, porque os procedimentos de trem já foram feitos.
Eu não tenho como reciclar, porque eu estou sem o sistema hidráulico 1. Então, eu não quero assustar os passageiros com passagem baixa, vou prosseguir. Solicito apoio de solo, bombeiros e ambulâncias.
Não tenho como prever, a princípio pode ser que a informação seja só indicação, mas eu não tenho como prever, então eu gostaria de solicitar apoio total de solo. E, mais um pouco, daqui mais uns 15 minutos, a gente está saindo para pouso, ou menos ainda, ou dez [minutos] a gente está saindo para pouso."
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