Mulher diz à polícia que recebeu por morte de garoto no RS
A assistente social suspeita de envolvimento na morte do garoto de 11 anos Bernardo Boldrini, em Frederico Westphalen (RS), disse à polícia gaúcha que recebeu R$ 6.000 da madrasta do menino pela participação no assassinato, de acordo com o jornal "Zero Hora".
Edelvânia Wirganovicz, que é amiga da madrasta do garoto, Graciele Ugulini, afirmou também que o pai, Leandro Boldrini, não sabia sobre o homicídio.
O jornal publicou trechos do depoimento da amiga à polícia, tomado na segunda passada, quando o crime foi descoberto e os suspeitos, presos. Edelvânia, Leandro e Graciele estão detidos desde então.
De acordo com "Zero Hora", Edelvânia afirmou à polícia que não sabe se Bernardo foi enterrado vivo e que a madrasta contou ao garoto, pouco antes da morte, que ele iria para uma consulta com uma "benzedeira".
A polícia afirma que a assistente social confessou que o menino foi morto com uma injeção letal, mas isso ainda precisa ser confirmado por meio de perícia.
A amiga relatou que Graciele planejava a morte havia muito tempo e que a madrasta tentou matá-lo anteriormente com um travesseiro.
Edelvânia, segundo o jornal, disse que usou o dinheiro recebido para pagar uma parcela de um apartamento.
A Folha entrou em contato ontem com a delegada Caroline Machado, que conduz as investigações, mas ela afirmou que só falará sobre o caso amanhã.
A polícia já havia afirmado ter reunido provas de que o crime foi premeditado, e que apurava a suspeita de que Edelvânia tenha recebido dinheiro para cometer o crime.
Ainda segundo a polícia, Edelvânia confessou que começou a cavar a cova do garoto dois dias antes do crime.
Edelvânia e Graciele ainda não têm advogado. Andrigo Rebelato, advogado e primo de Leandro Boldrini, visitou o pai da criança na semana passada e afirma que ele nega participação na morte.
CRIME
O corpo de Bernardo Boldrini, 11, foi encontrado na segunda-feira passada em um matagal em Frederico Westphalen (a 447 de Porto Alegre e a 80 km de Três Passos, cidade onde ele morava).
De acordo com testemunhas, o menino se queixava da pouca atenção que recebia em casa, e procurava compensar a carência na escola e em casa de amigos.
Bernardo havia apelado à Justiça no final do ano passado. O caso era acompanhado pela Vara da Infância de Três Passos, que chegou a apontar famílias para adotá-lo.
Como a situação de Bernardo não envolvia violência física, o juiz aceitou o apelo do pai para tentar refazer os vínculos com o garoto. Bernardo teria concordado em dar mais uma chance ao pai.
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