Líder sem-teto anuncia reunião com Dilma; outro grupo fecha a Paulista
Integrantes do movimento sem-teto e sem-terra suspenderam as três manifestações iniciadas simultaneamente na manhã desta quinta-feira em São Paulo para aguardar uma reunião com a presidente Dilma Rousseff (PT). No entanto, um outro grupo vindo do Grajaú, na zona sul, bloqueia na tarde de hoje a avenida Paulista, na região central.
Segundo o líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), Guilherme Boulos, assessores ligados à Presidência da República telefonaram para ele e se comprometeram a receber uma comissão dos manifestantes no estádio do Itaquerão, na zona leste, hoje à tarde. O coordenador do sem-teto disse que esse encontro motivou a suspensão da maioria dos protestos.
Por volta das 14h30, Boulos foi recebido por assessores ligados à Presidência da República. Até as 14h40, Dilma ainda não havia chegado no estádio que será o palco do jogo de abertura da Copa do Mundo.
De acordo com o líder dos sem-teto, assessores de Dilma garantiram que a presidente iria receber-lo pessoalmente. No entanto, o Palácio do Planalto não confirmou a reunião. Oficialmente, Dilma tem como compromissos uma vistoria nas obras do Itaquerão e um encontro com líderes empresariais na cidade.
SÉRIE DE PROTESTO
Ao menos 300 pessoas se reuniram na praça do Ciclista, na avenida Paulista, 700 nas estações Butantã do metro e Berrini da CPTM e 400 em avenidas do bairro de Interlagos, na zona sul Nos três atos, o alvo dos manifestantes foram grandes empreiteiras com sede na capital – OAS, Andrade Guitierrez e Odebrecht.
O lobby de duas construtoras foi invadido por parte dos manifestantes. Por volta das 10h, cerca de 100 pessoas tomaram o saguão de entrada da Odebrecht, picharam, colaram cartazes e atiraram bexigas de tinta nas paredes. Os seguranças tentaram impedir a ação e começou um tumulto.
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Simultaneamente à invasão da Odebrecht, construtora responsável pelas obras do estádio do Itaquerão, o hall de entrada da construtora OAS também foi tomado por sem-teto e integrantes do MST. Dentro do prédio manifestantes diziam palavras de ordem.
"Esta é uma das empresas que mais lucraram com a Copa, por isso falta dinheiro para moradia, saúde e educação", disse um dos manifestantes em um megafone. O piso da entrada da OAS foi pichado com tinta vermelha. Lá era possível ler: "esse é o sangue do povo".
Os manifestantes não tomaram a entrada principal da sede da Andrade Gutierrez, na região da Berrini. Lá colocaram apenas cartazes e picharam palavras de ordem na parte de fora do edifício. Ninguém foi preso durante estes atos.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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