Polícia não encontra corpo de Eliza e encerra busca
A Polícia Civil de Minas Gerais encerrou por volta das 13h30 desta sexta-feira (25) as buscas pelo corpo da modelo Eliza Samudio, em um terreno desocupado em Vespasiano, na Grande Belo Horizonte.
A área foi apontada por Jorge Rosa Sales, 21, primo do goleiro Bruno Fernandes de Souza, condenado a mais de 22 anos de prisão pela morte da ex-amante desaparecida em 2010. Sales, que era menor de idade na época do crime, afirma ter presenciado o enterro de Eliza.
O trabalho de busca durou cerca de três horas e contou com a participação de cerca de 30 policiais e peritos e um trator cedido pela Prefeitura de Vespasiano.
A equipe cavou um buraco de cerca de 15 metros de largura por 10 de comprimento e 3 metros de profundidade no local apontado por Sales.
O delegado Wagner Pinto disse que a polícia encerrou as buscas. "Não poderíamos dormir com essa dúvida", afirmou.
O próprio Sales indicou a área a ser cavada e constatou, no local, que não havia mais necessidade de continuar a busca.
Para o delegado, o rapaz pode ter se confundido sobre o local onde Eliza foi enterrada ou, em uma possibilidade que ele considera remota, o corpo da modelo pode ter sido enterrado e depois retirado do terreno. Segundo ele, essa ação seria "arriscada e ousada".
Sales falou com a imprensa depois das buscas e reafirmou que aquele era o local onde ele viu Eliza ser enterrada.
O advogado de Sales, Nélio Andrade, diz achar que o corpo foi retirado de lá. "O garoto não ia se queimar dando de novo uma informação errada", disse.
Durante as investigações sobre o desaparecimento da ex-modelo, Sales disse que o corpo de Eliza estava na casa de Bola, apelido do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, mas nada foi encontrado no local.
O terreno onde foram feitas as buscas fica no mesmo bairro da casa de Bola, segundo os vizinhos da área.
ENTENDA O CASO
Eliza Samudio foi assassinada aos 25 anos, em junho de 2010, em Vespasiano. O corpo dela nunca foi encontrado. Segundo a Promotoria, a modelo foi morta por cobrar pensão para o filho que teve com o goleiro.
Dois anos e nove meses após o crime, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses pelo mando e homicídio da ex-amante. Ele nega o crime e culpa Bola –condenado a 22 anos pelo homicídio e ocultação de cadáver de Eliza –pela morte. Os dois estão presos.
Em junho, Bruno foi transferido para uma penitenciária no norte de Minas, a pedido da defesa. Em fevereiro, o goleiro havia assinado um contrato com o Montes Claros Futebol Clube, time da cidade homônima que fica na mesma região do Estado.
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