Dois são presos suspeitos de participar de aborto que matou mulher no Rio
Dois suspeitos de envolvimento no aborto que levou a morte de Elizângela Barbosa, 32, foram presos nesta segunda-feira (29) no Rio. Outras duas pessoas ainda estão sendo procuradas. Segundo a polícia, foram expedidos mandados de prisão temporária por homicídio doloso e formação de quadrilha contra eles.
Uma das pessoas presas foi Lígia Maria Silva, apontada como a principal acusada pelo crime. Ela se apresentou na DHNS (Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo) na noite de segunda. A Folha não conseguiu contato com ela nem com seu advogado.
O outro detido é Rildo José Medeiros dos Santos, que seria auxiliar de enfermeiro e é suspeito de levar Elizângela até a casa de Lígia, que realizava abortos havia pelos menos 16 anos, de acordo com a polícia. Ele foi preso no município de Maricá, na região dos Lagos.
Segundo a polícia, o aborto Elizângela foi realizado na cama de Lígia. A mulher estava grávida de cinco meses e morreu em uma clínica clandestina que funcionava na casa onde a suspeita morava, no último dia 20, em Niterói, na região metropolitana do Rio.
De acordo com o delegado Adílson Palácio, responsável pelo caso, Lígia contou em depoimento detalhes de como teria sido o aborto.
"Ela (Lígia) afirmou que injetou um remédio via intravenosa ainda no sábado e dormiu ao lado de Elizângela, na sua cama. No dia seguinte, pela manhã, o feto foi expelido e jogado na lixeira. A acusada disse ainda que Elizângela não parava de sangrar, mas não teria sido introduzido nenhum objeto para acelerar o aborto", relatou Palácio à Folha.
O depoimento contradiz a perícia cadavérica do corpo de Elizângela que encontrou um tubo de plástico no seu útero, além de uma perfuração no intestino.
A polícia apreendeu o colchão com manchas de sangue, mas a perícia ainda não ficou pronta para atestar se o sangue era mesmo de Elizângela.
Rildo prestou depoimento na tarde desta terça-feira (30), na sede da DHNS. Ele relatou, segundo os policiais, ter indicado outras três mulheres para fazerem aborto com Lígia, sendo o primeiro caso na década de 1990, em endereço não revelado.
Ainda há outros dois foragidos pelo crime: Sheila Cristina Silva Teixeira e Wagner Silva são filhos de Lígia que, segundo a polícia, integram a mesma quadrilha.
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