Garota morre enforcada em tecidos acrobáticos de escola do litoral de SP
Uma garota de dez anos morreu enforcada na quinta-feira (30) em tecidos usados para atividades acrobáticas em uma escola municipal de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo.
Segundo a polícia, Agatha Nogueira de Sá Neves chegou a ser atendida por uma equipe do Samu por volta das 18h30, após ser encontrada pendurada pelo tecido, sem sucesso.
Ainda de acordo com a polícia, a menina brincava com tiras de tecido que haviam sido utilizadas em uma apresentação da Feira Literária de Caraguatatuba, horas antes, quando se enforcou.
O acidente ocorreu no Cide Centro (Centro Integrado de Desenvolvimento Educacional), um complexo municipal que conta com centro de educação infantil, escola de ensino fundamental, auditório, piscina e quadra.
Segundo a escola informou à polícia, depois da apresentação os tecidos acrobáticos, que são fixados ao teto e têm duas longas pontas suspensas, para a realização de acrobacias aéreas, foram recolhidos a uma altura de cerca de dois metros, sobre uma estrutura no fundo do palco.
A polícia não descarta que tenha havido negligência. Funcionários da escola suspeitam que a garota tenha tido ajuda de um adulto para puxar os tecidos para baixo.
A garota estudava até as 18h15 no Cide, que oferece aulas em período integral, incluindo atividades esportivas e culturais. No ano passado, Agatha participou do projeto Circo Escola, responsável pelas aulas de tecido acrobático, segundo a secretaria municipal da Educação.
Em depoimento à polícia, a vice-diretora da unidade, Mariana Cristina Nereu, afirmou que as crianças não são autorizadas a permanecer na escola fora do horário de aula, mas que Agatha era uma exceção, pelo fato de a mãe dela trabalhar na instituição.
A garota era filha de uma auxiliar de limpeza e costumava esperar a mãe ou o padrasto, que também trabalha no Cide, para ir embora para casa, às 19h.
Peritos estiveram no local ontem para averiguar as circunstâncias do acidente, registrado como homicídio culposo (sem intenção). O laudo deve sair em cerca de 20 dias.
Em nota, a Prefeitura de Caraguatatuba disse que vai apurar o caso e se manifestar após as investigações.
"A prefeitura comunica que está prestando toda assistência à família e à autoridade policial. Informa ainda que aguardará o resultado das investigações, bem como da sindicância interna, para pronunciamento conclusivo", diz o documento.
O velório da menina começou ainda durante a madrugada e o enterro ocorreu por volta de 12h desta sexta-feira (31).
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