Polícia do Rio liga sete mortes a preso que afirma ter assassinado 43
A polícia aumentou de quatro para sete o número de homicídios que considera ser possível atribuir a Sailson José das Graças, 26, que declarou ter matado 43 pessoas na Baixada Fluminense nos últimos nove anos.
As mortes de Fernanda Hazelman, 24, e seu filho de 2 anos em 2010, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, estão entre os novos casos.
Segundo a polícia, a confissão e a comparação dos detalhes relatados por Sailson com as investigações policiais e a perícia da cena permitem considerar o caso esclarecido.
Um homem foi preso, há quatro anos, acusado de matar mãe e filho. A reportagem procurou a delegacia onde o crime foi registrado para saber como está a investigação, mas não obteve resposta até a conclusão desta edição.
Fernanda foi atacada enquanto dormia. Um filho, na época com 5 anos, contou que um homem pulou o muro, entrou pela janela, bateu com um objeto na cabeça dela e a estrangulou. O filho de 2 anos foi morto com 14 facadas.
Fabio Golcalves/Agencia O Dia/Reuters | ||
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Sailson disse que matou uma criança porque não parava de chorar ao ver a mãe morta.
"O homem preso na época entrou de bucha. Eu nunca acreditei que fosse ele o assassino da minha irmã porque ele tinha problemas mentais", disse, chorando, Francisca Hazelman, 30, irmã da vítima, nesta sexta-feira (12).
Outra suposta vítima foi à delegacia acusar Sailson de tê-la estuprado e esfaqueado em outubro. Segundo a mulher, que pediu para ser identificada apenas como Juliana, 22, o ataque ocorreu na frente do filho, de 2 anos, na sua casa, em Nova Iguaçu.
"Acordei com ele em cima de mim. Ele amarrou minhas pernas na cama e me estuprou", afirmou.
Juliana diz que durante a violência sexual, que durou cerca de 40 minutos, o criminoso apertava fortemente sua garganta. "Perdi as forças e quase desmaiei."
Após o estupro, o homem pegou uma faca na cozinha. "Ele me mostrou a faca e disse: Vou te matar'. Perguntei por quê. E ele respondeu: Porque eu quero'. E me deu duas facadas."
Outros dois crimes relatados por parentes que procuraram a polícia foram descartados, pois ocorreram quando Sailson estava preso.
Em nova confissão, na manhã desta sexta-feira (12), Sailson disse que enterrou sua primeira vítima, em crime cometido há nove anos. O nome não foi revelado.
No fim da tarde, ele foi transferido. Ao deixar a delegacia, o carro que o levava foi cercado por cerca de 50 pessoas, que gritavam "assassino".
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