Alckmin afirma que água da represa Billings ajudará a evitar rodízio em SP
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), confirmou nesta sexta-feira (20) que a água contaminada da represa Billings será usada para abastecimento humano após passar por tratamento e que a obra servirá para evitar um rodízio de água.
"Nós estamos trabalhando para não fazer o rodízio. Nada indica hoje que precisa ser feito [rodízio]. Se as obras todas forem entregues no prazo, nós não estamos dependendo de chuva", disse o governador em visita a Limeira (SP).
Nesta quinta (19), a Folha revelou que a água será transferida para o sistema Rio Grande por meio de três bombas, em mais uma medida da Sabesp para enfrentar a crise hídrica.
O governador afirmou que a represa Billings está com 70% da sua capacidade e que um acordo com a ANA (Agência Nacional de Águas) reduziu a utilização de sua água para geração de energia. Dessa forma, diz o tucano, o nível da represa deve subir rapidamente com as chuvas. Alckmin não falou sobre custos. O sistema Rio Grande é, hoje, a maior reserva de água potável da Grande São Paulo.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Para o socorro, serão usados 4.000 litros de água por segundo do Rio Grande. Ela irá direto para a represa de Taiaçupeba, onde terá tratamento para distribuição. Outro socorro, de 1.000 litros por segundo, sairá do rio Guaió.
"As obras do sistema Rio Grande e do rio Guaió vão garantir 5.000 litros de água a mais para a Grande São Paulo. Esse trabalho é para não fazer rodízio de água na região e para não depender de chuva", explicou Alckmin. "Se as obras forem entregues no prazo, nós teremos até julho, agora, 5.000 litros de água por segundo, a mais, de oferta, o que quase equilibra o Cantareira no inverno", completou.
Alckmin disse ainda que desde a década de 1960 a água da represa Billings é usada no abastecimento por meio do sistema Rio Grande. "E desde a década de 1990 a água da Billings também vai para a Guarapiranga", afirmou o governador, após inaugurar uma unidade do Bom Prato, em Limeira (a 151 km de São Paulo).
OUTRAS OBRAS
Geraldo Alckmin afirmou que em 2016 está prevista a entrega da interligação da bacia do rio Paraíba do Sul com o sistema Cantareira e, em 2017, a chegada do sistema São Lourenço à Grande São Paulo. "É um cenário positivo para São Paulo e também para a região de Campinas, que também depende em parte das águas do Cantareira", afirmou o governador.
O tucano disse que no período da seca poderá retirar até 10 milhões de litros de água por segundo do Paraíba do Sul, porém, sem ultrapassar a média anual de tiragem, que deve ser de 5 milhões de litros por segundo, conforme acordo com a ANA e com o governo do Estado do Rio de Janeiro, que depende das águas da bacia para abastecimento de sua região metropolitana.
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