Ônibus despencou de altura de 400 m em Santa Catarina; 51 morreram
O ônibus que vinha de União da Vitória (PR) e sofreu no sábado (14) um gravíssimo acidente em Joinville (SC) caiu de uma altura de cerca de 400 metros, segundo a Polícia Rodoviária Estadual.
De acordo com os policiais, o estado da mata e do veículo indicam que ele despencou capotando pela serra Dona Francisca, local com estradas de muitas curvas sinuosas. O ônibus não teria feito uma curva à direita e, com isso, seguiu reto para o barranco.
Editoria de arte/Folhapress |
Acidente de ônibus em Santa Catarina deixa 51 mortos |
O corpo de Anderson Celis foi encontrado na tarde deste domingo durante operação para retirar o ônibus do local do acidente. Com isso, o número de mortos subiu de 50 para 51.
Das 51 vítimas, 35 eram adultos, cinco adolescentes e 11 crianças.
Todos os corpos já foram identificados segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional de Joinville. Esse foi o maior acidente rodoviário da história de Santa Catarina.
Outras oito pessoas ficaram feridas e foram internadas em hospitais da região. Delas, uma já teve alta, cinco estavam em estado estável e duas tinham quadro grave às 20h30 deste domingo.
Os corpos das vítimas começaram a ser liberados na tarde deste domingo (15), do IML de Joinville. Eles foram levados para União da Vitória (PR).
O grupo viajava para um evento religioso em Guaratuba. Eles faziam parte da Fuca (Federação de Umbanda e Cultos Afros) de União da Vitória e Porto União.
O motorista do ônibus, Cérgio Antônio da Costa, que morreu no local, era também o dono da viação Costa & Mar, que fazia a viagem. Cerca de 15 peritos trabalharam por 12 horas para identificar os passageiros do ônibus. Entre as vítimas estão 34 adultos, cinco adolescentes e 12 crianças. À tarde, os peritos foram para o local do acidente para apurar as causas da queda.
Reprodução | ||
Imagem mostra ônibus de turismo que caiu de ribanceira em SC |
Veja aqui a lista de corpos identificados
É possível que o ônibus estivesse superlotado, pois a lista de passageiros conta com cerca de 60 nomes.
De acordo com a PRE, os passageiros viajavam em pequenos comboios no início do percurso. Alguns quilômetros antes do acidente, um dos comboios teria quebrado e o ônibus veio substitui-lo, levando também os demais passageiros. Isso explicaria a grande quantidade de pessoas no coletivo.
O delegado regional de Joinville, Dirceu Silveira Junior, não negou a superlotação, mas afirmou que ainda espera a investigação para fornecer mais detalhes.
"Ainda não podemos dizer nada. Neste momento, a prioridade é atender às famílias, mas vamos investigar se houve imprudência", afirmou.
Segundo testemunhas, que teriam conversado com as vítimas pouco antes da tragédia, o ônibus também apresentava problemas mecânicos. "Eles não tinham licença para este tipo de transporte", afirmou um homem que perdeu três familiares no acidente.
CORPOS
Após a identificação, 38 corpos foram colocados num caminhão e transportados para União da Vitória –onde serão velados– por volta das 14h deste domingo. Outros dez foram levados em carros funerários e dois permanecem no IML de Joinville aguardando a liberação dos familiares.
Antonio Tomaz/Folhapress | ||
Caminhão com corpos das vítimas de acidente de ônibus deixa o IML |
Dos oito sobreviventes, sete ainda permanecem em hospitais joinvilenses e um foi liberado.
Os familiares começaram a chegar ainda na madrugada. A principal dificuldade foi em sincronizar a lista de passageiros fornecida pela empresa de turismo com os documentos apresentados por parentes das vítimas.
SOLIDARIEDADE
Apesar de as vítimas serem de outra cidade, Joinville demonstra solidariedade após a maior tragédia rodoviária de Santa Catarina.
O prefeito da cidade, Udo Döhler, decretou luto oficial de três dias.
No instituto Médico Legal (IML), muitos cidadãos joinvilenses foram prestar assistência. Médicos, enfermeiros e profissionais da saúde também estiveram no local para atender os familiares.
Em outro ato de apoio aos parentes das vítimas, de acordo com a coordenação da operação de resgate e identificação de corpos, o caminhão que que transportou os corpos foi emprestado por uma transportadora da região. Quatro hospitais da cidade foram mobilizados para atender os feridos, dois públicos e dois particulares.
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