Hospital funciona no Rio, mas paciente reclama de demora
O plantão de Natal no hospital Albert Schweitzer, localizado na zona oeste do Rio e um dos mais afetados pela crise na saúde pública no Estado, funcionava normalmente na manhã desta sexta-feira (25), um dia após a retomada das atividades na unidade.
O Rio de Janeiro vive uma das piores crises da saúde púbica de sua história. Até ontem, em virtude do atraso no pagamento de salários e da falta de materiais e condições adequadas de atendimento, a entrada de novos pacientes estava restrita a casos graves (quando há risco iminente de morte).
Mauro Pimentel - 22.dez.2015/Folhapress | ||
Entrada do hospital estadual Albert Schweitzer, na zona oeste do Rio, afetado pela crise financeira |
Segundo funcionários, todas as pessoas que chegaram ao hospital desde a última madrugada receberam atendimento.
No entanto, de acordo com algumas pessoas que aguardavam na porta do Albert Schweitzer nesta manhã, o serviço ainda está longe de ser considerado adequado.
Iara Maria Maia da Cunha, 64, que possui hepatite C crônica e apresentava inchaço e marcas roxas no braço esquerdo, reclamou da demora.
"Aqui, sempre que venho sou atendida rapidamente. E eu conheço bem o hospital porque moro aqui perto, estou sempre vindo aqui. Como tenho prioridade, geralmente não espero mais de dez minutos. Mas já estou aguardando há mais de meia hora, e eles dizem que não tem o que fazer porque o hospital ainda está mal das pernas", relatou.
Relatos de funcionários, porém, indicam que o funcionamento do hospital transcorria dentro do esperado, considerando as limitações de escala e as dificuldades causadas caos na rede pública de saúde do Rio.
Uma enfermeira, que pediu para não se identificada, afirmou que, em uma comparação entre o Albert Schweitzer e outros hospitais afetados, o atendimento na unidade era "até bom".
"Além de trabalhar aqui, dou plantão no hospital Adão Pereira Nunes [em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense], e lá a situação é bem pior. Até ontem, faltava até papel toalha nos banheiros, e as pessoas tinham que enxugar as mãos e o rosto com papel higiênico. Não dava sequer para fazer um curativo porque não tinha esparadrapo", declarou.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Acompanhe toda a cobertura dos blocos, festas e desfiles do Carnaval 2018, desde os preparativos
Tire as dúvidas sobre formas de contaminação, principais sintomas e o processo de imunização
Folha usa ferramenta on-line para acompanhar 118 promessas feitas por Doria em campanha