Vazamento de gás em Guarujá provoca nuvem gigante de fumaça no litoral
Vídeo enviado pelo leitor Vinicius Aquino
Um vazamento de gás de grandes proporções, seguido de pequenos incêndios, atinge desde o final da tarde desta quinta-feira (14) o pátio de cargas da empresa Localfrio, de armazenagem de contêineres, no Guarujá, no litoral de São Paulo.
Segundo a assessoria de imprensa da empresa, houve, por volta das 15h30, uma reação química entre um produto conhecido como ácido dicloroisocianurato de sódio, que estava armazenado, e água, que invadiu o contêiner, causando a fumaça.
A empresa não soube dizer se o material é perigoso, mas afirmou, por volta das 18h desta quinta-feira, que o vazamento estava controlado, embora a fumaça ainda fosse visível.
A Localfrio afirmou ainda que apenas um colaborador apresentou sinais de incômodo com o produto e foi encaminhado para um hospital. Não há feridos, de acordo com a assessoria.
A fumaça, que chegou a Santos, pode ser vista a quilômetros de distância. Moradores do Guarujá relatam que a fumaça provocou náusea e dores de cabeça.
Segundo a assessoria da empresa de serviços portuários e logísticos Santos Brasil, que é vizinha à Localfrio no Guarujá, o Plano de Auxílio Mútuo do porto foi acionado.
Espécie de plano de contingência, o plano conta com a participação da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, órgãos ambientais municipais e estaduais e empresas para definir ações rápidas em caso de incidentes de grandes proporções.
As atividades das empresas vizinhas foram suspensas por precaução. No Porto de Santos, também próximo ao local do incêndio, os trabalhos não foram interrompidos.
Segundo Délio Campolina, presidente da Abracit (Associação Brasileira de Centros de Informação e Assistência Toxicológica), a substância que vazou é tóxica. Porém, como a fumaça está dispersada ao ar livre –e não em um ambiente fechado– os potenciais danos à saúde são menores.
Irritação nos olhos, garganta e nariz, dificuldade para respirar e dor de cabeça são os principais sintomas que podem ser provocados pelo contato com o ácido dicloroisocianurato de sódio. Pessoas com doenças respiratórias são mais sensíveis ao efeitos do gás. Caso os sintomas não melhorem, é necessário buscar atendimento médico.
"O ideal é que a pessoa evite o contato com a fumaça da melhor forma possível", afirma Campolina. É recomendável fechar as portas e janelas de casa para evitar que o gás entre ou sair para uma área externa, bastante ventilada, e ficar no sentido contrário ao vento. Em ambos os casos também é recomendado colocar uma toalha molhada na face para evitar e aliviar os sintomas.
Colaborou JULIA BOARINI, de São Paulo
Ricardo Nogueira/Folhapress | ||
Vazamento de gás no terminal de cargas do porto de Santos, no litoral sul de São Paulo |
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