Sem alarmismo, vírus zika se espalha pela Europa
Sem alarmismo, mas de forma gradual, o vírus zika espalha-se pela Europa. Um turista dinamarquês, regressado da América Latina, foi diagnosticado positivo. Trata-se do primeiro caso nesse país após o registro de ocorrências em outras regiões do continente europeu.
Na Itália, o governo identificou quatro casos de contágio desde março de 2015, segundo a imprensa local. Os pacientes, procedentes do Brasil, recuperaram totalmente. No Reino Unido, o serviço público de Saúde tinha confirmado a infecção em três pacientes britânicos.
Já em Portugal, o governo confirmou quatro casos de zika em portugueses, que voltaram de viagens ao Brasil, segundo comunicado publicado pela Direção-Geral da Saúde do país em 15 de janeiro.
O zika proliferou em vários países da América Latina e Caribe, causando particular alarme entre grávidas por estar associado ao nascimento de bebês com malformações, como microcefalia.
"A associação entre microcefalia e zika é principalmente uma associação circunstancial testada em laboratório em apenas oito casos. Mas é claro que o enorme aumento de zika, especialmente no Nordeste do Brasil, e o aumento de casos, dá muita razão para preocupação. Agora a grande tarefa é tentar estabelecer a ligação", defende a OMS.
A Colômbia emitiu alerta referente ao vírus zika, que já infetou 13,8 mil pessoas no país, avisando que o número deve aumentar.
O Ministério da Saúde aconselhou os presidentes das câmaras de cidades abaixo de determinada altitude a "declararem alerta verde para os hospitais públicos e privados que enfrentem um possível aumento de casos de zika".
Editoria de Arte/Folhapress | ||
CASOS DE MICROCEFALIA NO BRASIL
Balanço atualizado do Ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira (27) aponta 270 casos confirmados e 3.448 casos suspeitos de bebês com microcefalia no país. Os dados indicam um avanço de 3% neste grupo em relação à última semana, quando havia 230 casos confirmados e 3.381 suspeitos.
O vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e não há ainda cura ou vacina. Na luta contra a doença, o Ministério da Saúde brasileiro mobilizou 200 mil militares para uma batalha, porta a porta, na tentativa de travar a propagação da doença.
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