Prefeitura de SP prepara concessão para arena de eventos no Anhembi
Que tal, no mesmo dia e local, participar de uma feira de negócios junto com 5.000 pessoas pela manhã e, à noite, assistir a um jogo entre times da NBA, a liga americana de basquete, com outros 20 mil espectadores? Isso seria possível se São Paulo tivesse uma arena multiuso.
A SPTuris –empresa de turismo e eventos da qual a Prefeitura de São Paulo detém 95% das ações– está elaborando um edital de licitação para a construção no Anhembi, zona norte da cidade, de um empreendimento semelhante ao Madison Square Garden, em Nova York, ou à Arena 02, em Londres.
Arena multiuso é um local fechado onde é possível realizar tanto grandes eventos musicais e esportivos como feiras de negócios e convenções de menor porte. Sua infraestrutura se adapta de acordo com o evento. As arquibancadas, retráteis, podem ser retiradas para abrir espaço para uma feira empresarial e o piso pode ser modificado para um espetáculo no gelo, uma partida de tênis ou uma luta de MMA (artes marciais mistas).
As arenas nova-iorquina e londrina, mencionadas anteriormente, têm capacidade para 20 mil espectadores. O ginásio do Ibirapuera, que não tem as funcionalidades de uma arena multiuso, recebe, no máximo, 11 mil. "É um equipamento que não existe em São Paulo e há muito tempo se discute sua necessidade", diz Alcino Rocha, presidente da SPTuris. A arena ficará em uma área de 21,7 mil m², ao sul da concentração do sambódromo, às margens da marginal Tietê.
Foram apresentados à SPTuris estudos de cinco consórcios. A fase atual, de consulta pública, acaba no dia 21 deste mês. "Estamos ouvindo os grupos que apresentaram projetos e eventuais novos interessados", diz Rocha.
Após o lançamento do edital, vencerá o consórcio que seguir as características exigidas e apresentar o valor máximo de outorga mensal (mínimo de R$ 417 mil) para construir a arena –em até três anos após a assinatura do contrato–, para explorá-la comercialmente por 30 anos.
Ivan Martinho, que leciona sobre gestão de arenas no MBA em marketing esportivo da ESPM-SP, avalia ser muito bom para um destino de megaeventos, como São Paulo, ter um local multiuso.
Mas afirma que a elaboração do edital de licitação precisará de cuidados para evitar problemas futuros entre município e concessionário.
"A prefeitura tem que fazer uma licitação exigindo o que o empresário pode pagar, sem 'esfolar' o concessionário. E o vencedor tem que ser racional. Não adianta ganhar a licitação e depois ver que tem um grande problema na mão", diz Martinho.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
ÍTENS PARA CONCESSÃO
- Capacidade para receber, no mínimo, 20 mil pessoas
- Infraestrutura externa e interna que permita múltiplas configurações de uso
- Painel LED de alta definição suspenso pela cobertura ou fixado nas laterais da arena, capaz de exibir conteúdo a todos os espectadores
- Cobertura que suporte carga de 100 toneladas
- Sanitários modulares, que permitam adequação para banheiros masculinos e femininos
- Espaço para lojas e restaurantes projetado para que não haja filas de mais de 15 minutos
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