Justiça condena mulher por injúria racial contra madrinha de casamento
Uma mulher foi condenada pelo Tribunal de Justiça de Brasília (DF) por injúria racial contra a madrinha de seu casamento, sua concunhada, por xingamentos sobre a sua cor e classe social. Cabe recurso à decisão.
Após ver as fotos de seu casamento publicadas na rede social pela concunhada, a mulher a xingou de "beiçuda de nego", "mundiça", "pobretona" e "nega burra matuta". As ofensas foram publicadas em janeiro de 2012 na extinta rede social Orkut.
A ré foi condenada a um ano e quatro meses de prisão, mas teve a pena convertida em prestação de serviços comunitários, pagamento de multa e das custas processuais. O nome da acusada e o valor da multa não foram divulgados.
O Ministério Público alegou na denúncia que o crime foi cometido de forma que facilitou a divulgação dos xingamentos que foram vistos por outras pessoas, o que aumentou a pena em um terço.
O promotor de Justiça Thiago Pierobom, do NED (Núcleo de Enfrentamento à Discriminação), disse que a condenação é importante porque "há uma ilusão de que crimes praticados na internet não são punidos" e pelo fato de que "a ré é pessoa de classe alta da cidade de João Pessoa", na Paraíba.
" A condenação reforça que todas as pessoas são iguais perante a lei", disse Pierobom.
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