Incêndio provoca vazamento de produto e esvazia fábrica em Cubatão
Cetesb/Divulgação | ||
Explosão provoca vazamento de produto químico e esvazia fábrica no polo industrial de Cubatão |
Um incêndio em um armazém da Vale Fertilizantes, em Cubatão, no litoral de São Paulo, provocou o vazamento de produto químico e fez com que a fábrica fosse esvaziada na tarde desta quinta (5). Um bombeiro teve que ser socorrido por inalação de fumaça.
O acidente aconteceu por volta das 15h20, na região da Vila Parisi, no polo industrial da cidade. Cerca de 15 carros dos bombeiros foram encaminhados para conter as chamas e outros 20 da capital paulista foram solicitados em apoio. Segundo a corporação, havia muito fogo e fumaça.
Os bombeiros afirmaram que houve vazamento de nitrato de amônio. Durante a tarde, a fumaça do produto se deslocava para a região contrária a área habitacional, mas a comunidade da Vila Mantiqueira teve que ser esvaziada por precaução.
A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) usa um drone para monitorar o local. Técnicos da Defesa Civil estadual também foram encaminhados para o local para avaliar se pode haver algum impacto às comunidades próximas.
Procurada, a Vale Fertilizantes afirmou que o fogo começou em uma correia transportadora que alimenta o armazém da unidade de nitrato de amônio. Os funcionários foram retirados do local e a produção, paralisada. O incêndio não atingiu outras unidades da empresa.
Segundo a empresa, a emissão dos gases gerados durante a queima do nitrato já tinha sido contida no início da noite e a fumaça gerada, de cor laranja avermelhada e tóxica, dissipada na atmosfera."As causas do incêndio estão sendo apuradas, bem como eventuais danos ambientais", afirmou.
As principais substâncias decorrentes da queima de nitrato de amônio podem irritar os olhos, a pele e as mucosas, além de causar problemas respiratórios.
A rodovia Cônego Domênico Rangoni, que dá acesso ao local, chegou a ser bloqueada por volta das 16h30 no sentido Guarujá, na altura do km 268, e no sentido São Paulo, na altura do km 248, próximo ao ponto do incêndio. Os trechos foram liberados às 17h40.
OUTRO CASO
No início do ano passado, um incêndio no terminal de cargas da empresa Localfrio, no Guarujá, no litoral de São Paulo, provocou uma nuvem de fumaça tóxica que atingiu os municípios de Guarujá, Santos, São Vicente e Cubatão, e demorou cerca de 50 horas ser controlado. A empresa acabou multada em R$ 10 milhões.
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