Membros do PT e do MBL se envolvem em confusão na Câmara de São Paulo
Petistas e o MBL (Movimento Brasil Livre) protagonizaram confusão, com direito a bate-boca e empurra-empurra, no início da noite desta sexta-feira (10) na Câmara Municipal de São Paulo.
A vereadora petista Juliana Cardoso acusou assessores do vereador Fernando Holiday (DEM), membro do MBL, de invadir a liderança do partido e cometer agressões.
"Moleque!", gritava a vereadora, que foi na direção de Holiday. O vereador foi cercado por outros parlamentares, impedindo que a petista, bastante exaltada, se aproximasse.
Ela afirmou que as agressões foram verbais e físicas, como tapas. Holiday disse no plenário que iria verificar o que aconteceu.
A confusão começou depois de discussão na Câmara entre petistas, que haviam se reunido com o senador Lindbergh Farias (PT). Mais tarde, segundo os petistas, os militantes teriam invadido a liderança do partido para filmar.
"Nós formos surpreendidos. Eles entraram, abriram a porta e foram filmando. Teve uma discussão", disse o jornalista André Kuchar, que diz não ter presenciado a agressão.
Holiday afirmou que Arthur Moledo, integrante do MBL, estava filmando um evento com Lindbergh. "Parece que a assessoria da Juliana Cardoso como a militância petista não gostou dessa cobertura e aí foi onde gerou toda a confusão. Até onde eu sei e o próprio Arthur gravou ele foi agredido por assessores e militantes e vai prestar seu depoimento", disse.
O vereador confirmou que um assessor seu estava presente no momento, filmando a ação. Ele não soube informar sobre a invasão à liderança do PT.
A presidência da Câmara confirmou a invasão, mas afirmou que a apuração inicial da Polícia Militar é de que não houve agressão física. "A presidência da Câmara tomará todas as medidas necessárias para resolver o lamentável ocorrido", afirmou a assessoria da Casa, em nota.
A confusão aconteceu durante sessão que a base aliada de João Doria (PSDB) tentava aprovar projeto antipichação.
A gestão tucana desenterrou um projeto de 2005 do vereador Adilson Amadeu (PTB), que cria um disque-pichação para a população denunciar atos de vandalismo. O projeto do jeito como está não prevê punição alguma, mas já passou por todas as comissões e será modificado na segunda votação.
O texto final, que ainda não chegou à Câmara, deve prever multa de R$ 5.000 para quem for pego pichando –no caso de reincidência, a autuação chegará a R$ 10 mil.
A confusão se deu durante a tentativa da base aliada de João Doria (PSDB) de votar projeto antipichação na Câmara.
O endurecimento da legislação é parte da cruzada contra os pichadores promovida por Doria desde que foi eleito. Segundo estatísticas do município, desde 1º de janeiro, 61 pessoas acabaram nas delegacias por causa das pichações.
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