Carnaval começa com desfiles tradicionais no Rio, Salvador e Recife
O primeiro dia de Carnaval será recheado de tradição nas cidades com maior cultura de folia do país. O Rio abre os festejos com o Carmelitas, bloco em Santa Teresa, que completa 27 anos, um dos pioneiros da retomada do Carnaval de rua do Rio.
Em Salvador, o Carnaval tem Banda Eva e Olodum, enquanto o centro histórico do Recife dará início aos festejos na praça do marco zero com uma mistura de ritmos como frevo, maracatu e caboclinho.
Rio de Janeiro
- Carmelitas (13h, Santa Teresa, centro do Rio)
O Bloco das Carmelitas surgiu em 1990, em Santa Teresa, tradicional bairro de ladeiras do centro do Rio. Seu nome é em referência ao Convento das Carmelitas. Reza a lenda que uma freira pulava os muros do convento na sexta-feira de Carnaval e só voltava na terça. Por esse motivo, muitos dos foliões brincam fantasiados de freira ou padre.
O Carmelitas é um dos blocos mais celebrados do bairro e arrasta foliões tanto na sexta-feira quanto na terça. Como parte da cidade ainda está trabalhando na sexta, o bloco desfila menos cheio do que seu co-irmão "Céu na Terra", que desfila no dia seguinte.
Neste ano, o Carmelitas concentra sexta a partir das 13h, no Largo do Curvelo. A expectativa é de que até 10 mil pessoas acompanhem o cortejo.
Pilar Olivares - 13.fev.2015/Reuters | ||
Foliões se beijam no Bloco das Carmelitas, um dos mais tradicionais do Carnaval do Rio de Janeiro |
- Rival sem rival (18h, centro do Rio)
Dos mesmos organizadores do bloco paulistano Acadêmicos do Baixo Augusta, o casal Leandra Leal e Alê Yousseff, o Rival sem rival concentra às 18h em frente ao Teatro Rival, no centro do Rio.
Idealizado pela mãe de Leandra Leal, Ângela, cuja família é dona do Teatro Rival, o bloco é famoso pela presença de globais como Mariana Ximenes e Camila Pitanga. A festa é embalada por um DJ que toca desde marchinhas a clássicos da MPB.
O baile ocorre na Rua Alvaro Alvim, centro, próximo à praça da Cinelândia.
Francio de Holanda/Folhapress | ||
Público se diverte no bloco Rival sem Rival, no centro do Rio de Janeiro |
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Salvador
- Eva (17h45, circuito Barra-Ondina)
Um dos blocos mais tradicionais do Carnaval de Salvador faz único desfile no Carnaval deste ano no circuito Barra-Ondina. O bloco foi fundado em 1981 por um grupo de 11 amigos do grêmio do Colégio Marista de Salvador.
O bloco teve em seus vocais artistas como Luiz Caldas, Daniela Mercury, Ricardo Chaves e Durval Lelys. A partir de 1993, passou a ser comandado pela Banda Eva, então comandado por Ivete Sangalo. Desde então, a banda já teve nos vocais Emanuele Araújo, Saulo Fernandes até a atual formação sob comando de Felipe Pezzoni.
O nome do bloco é uma referência às iniciais da Estrada Velha do Aeroporto, avenida de Salvador onde o grupo reunia-se em um sítio.
Marcus Pavão/AgNews | ||
Desfile do trio elétrico da Banda Eva em 2012 em Salvador |
- Olodum (21h30, circuito Campo Grande)
Bloco afro mais conhecido de Salvador, o Olodum desfila três dias: sexta (Campo Grande), domingo (Barra) e terça (Campo Grande). No último dia, o bloco faz um desfile aberto ao público, sem cordas. Neste ano, quando completam-se 30 anos da música "Faraó", sucesso da banda também gravado por Ivete Sangalo e Margareth Menezes, o bloco homenageia o Egito e fala de três dos seus faraós: Akenathon, Tutankamon e Ramsés II.
Fundado em 1979, o Olodum tornou-se uma das principais entidades de defesa dos direitos civis e da luta contra a discriminação racial no país. Sua banda foi uma das pioneiras do samba-reggae, sob a regência de Neguinho do Samba, e já tocou com astros internacionais como Paul Simon e Michael Jackson. Suas músicas falam da resistência do povo negro.
Fernando Vivas-5.fev.2016/Folhapress | ||
Saída do bloco afro Olodum no circuito Batatinha (Pelourinho), em 2016 |
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Recife e Olinda
A mistura de ritmos como frevo, maracatu e caboclinho abre, oficialmente, o Carnaval do Recife, nesta sexta-feira (24), na Praça do Marco Zero. A festa, que tem início às 18h, será uma amostra do que espera os foliões pelos próximos quatro dias, nos 34 polos espalhados pela capital pernambucana.
Este ano, o Carnaval multicultural da cidade homenageia o cantor e compositor Almir Rouche e a agremiação Caboclinhos Carijós, que está comemorando 120 anos de fundação.
Apesar da alegria, a folia começará com um clima de saudade, pois será o primeiro Carnaval sem o percussionista Naná Vasconcelos (falecido em março de 2016). Durante 15 anos, o artista comandou a abertura dos festejos regendo mais de 400 batuqueiros de maracatu.
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