Ajudante de reciclagem mata mulher e sobrinha a facadas em São Caetano
Tatiana Cavalcanti/Folhapress | ||
Casa onde ocorreu o assassinato de Cleonice dos Santos e sua sobrinha |
A vendedora Cleonice Maria dos Santos, 32, e sua sobrinha Suellen dos Santos Daniel, 17, morreram após serem esfaqueadas pelo marido da primeira, no domingo (26), em São Caetano do Sul (ABC), de acordo com a polícia.
O crime ocorreu na casa do suspeito, que está foragido. Segundo a polícia, Cleonice levou seis facadas, todas por trás, nas costas e no pescoço.
A sobrinha levou quatro facadas —segundo vizinhos, ao correr para dentro da casa para tentar defender a tia.
Uma filha de 10 anos de Cleonice pode ter presenciado a morte, porque estava na casa no momento do crime.
Segundo a polícia, o ajudante de reciclagem Francisco Marcelo Oliveira Silva, 37 anos, discutiu com a mulher ao chegar em casa, à noite, na Vila São José. Cleonice ligou para a irmã para avisar que o marido estava agressivo e que faria um boletim de ocorrência contra ele, segundo a parente disse à polícia.
A irmã disse que correu até a casa e chegou em dez minutos. Viu Cleonice morta no quarto do casal. Suellen estava no banheiro, sentada, com dificuldade para respirar. A adolescente foi levada ao Hospital Albert Sabin, mas não resistiu aos ferimentos.
BRIGAS
Segundo familiares, Francisco e Cleonice brigavam sempre. Policiais militares apreenderam a faca usada para matar as duas vítimas.
A Polícia Civil informou que não havia registros de ocorrência policial entre o suspeito e as vítimas.
No velório nesta segunda (27), um dos parentes passou mal e teve que ser carregado. Tia e sobrinha foram veladas lado a lado. Elas serão enterradas hoje, no Cemitério da Saudade, no bairro Cerâmica, em São Caetano do Sul (ABC).
O caso foi registrado como homicídio qualificado (feminicídio) na Delegacia Sede de São Caetano do Sul.
CIÚMES
Parentes das vítimas contaram que Francisco e Cleonice, evangélicos, sempre brigavam porque ele era muito ciumento. Eles moravam juntos havia três anos e tinham um filho de dois anos. Na casa onde ocorreu o crime, moravam havia seis meses.
Parentes dizem que Cleonice já pensava em se separar do marido, pois estava cansada de receber ameaças, inclusive de morte. A vítima tinha duas filhas de outro relacionamento. Familiares também disseram que o suspeito não se dava bem com a enteada adolescente.
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