Padrasto acusado de matar o menino Joaquim em SP é preso na Espanha
Reprodução | ||
Menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, morto em Ribeirão Preto (SP) |
Sete meses após ser considerado foragido, o técnico em informática Guilherme Raymo Longo, padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, 3, foi preso na Espanha.
O menino desapareceu de casa, em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), em 5 de novembro de 2013, e seu corpo foi encontrado cinco dias depois, no rio Pardo, em Barretos (a 423 km de São Paulo).
Para a Promotoria, Longo matou o enteado, que era diabético, com uma alta dosagem de insulina, dentro da casa da família, no Jardim Independência, em Ribeirão.
Após a morte de Joaquim, ainda segundo a Promotoria, Longo jogou o corpo no córrego Tanquinho, localizado a cerca de 200 metros de onde moravam e, de lá, ele teria sido levado até o ribeirão Preto, afluente do rio Pardo.
Ainda não há detalhes sobre há quanto tempo Longo estava na Espanha nem quando retornará ao país.
A prisão foi feita pela Interpol nesta quinta-feira (27), em Barcelona. Ele deve ser levado para a penitenciária de Tremembé.
O técnico em informática passou a ser considerado foragido em setembro, após confessar em uma entrevista à TV ter matado o enteado.
Após a entrevista, o pai do garoto, Arthur Paes, espalhou outdoors em busca de seu paradeiro em quatro cidades paulistas, com a ajuda de colegas de trabalho.
SEM ÁGUA
Exames feitos pelo IML (Instituto Médico Legal) descartaram que o menino tenha morrido afogado, já que não havia água em seus pulmões.
Longo foi denunciado homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Já a mãe de Joaquim, Natália Ponte, foi denunciada por suposta omissão.
Ela mora em São Joaquim da Barra, na região de Ribeirão Preto, com os pais e um filho, fruto do relacionamento com Longo.
A Folha não obteve contato com a defesa de Longo nesta quinta.
A defesa do técnico em informática já pediu exame nas vísceras do garoto para comprovar se havia superdosagem de insulina. A defesa sempre alegou que não existem provas contra ele.
Segundo especialistas, a insulina é metabolizada rapidamente pelo organismo, e seria difícil a perícia identificar uma superdosagem da substância no corpo do garoto.
Edson Silva/Folhapress | ||
Fachada da casa em que o menino Joaquim morava com a família |
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