SP pede mais vacinas contra a gripe ao ministério para estender campanha
Bruno Santos - 05.jun.17/Folhapress | ||
Aposentada Edelvita de Alcântara, 60, recebe vacina contra gripe na UBS Parque da Lapa, em São Paulo |
O governo de São Paulo afirmou nesta terça-feira (6) que vai solicitar ao Ministério da Saúde o envio de 31 milhões de doses extras da vacina contra a gripe para ampliar a toda população do Estado a campanha nacional de vacinação contra a doença.
Desde segunda (5) alguns Estados passaram a vacinar pessoas que não pertencem ao público-alvo inicial por conta de uma recomendação do Ministério da Saúde, que afirma ter sido baixa a procura dos grupos prioritário –nenhum deles alcançou a meta de 90% de imunização.
O público-alvo da campanha inclui idosos, crianças de 6 meses a 5 anos, trabalhadores da saúde, professores, indígenas, gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto), portadores de doenças crônicas, presos e jovens que cumprem medidas socioeducativas, funcionários do sistema prisional.
O governo federal afirmou na semana passada que tinha 10 milhões de doses disponíveis em estoque, de um total de 60 milhões adquiridas.
O Estado de São Paulo, porém, manteve a campanha voltada só aos grupos prioritários devido ao estoque de apenas 3,6 mi de doses. "São Paulo tem mais de 44 milhões de habitantes e, portanto, uma eventual ampliação de públicos depende do envio de quantitativos extras", disse o governo após a recomendação.
Procurado, o ministério afirmou nesta terça, em nota, que todas as doses disponíveis para 2017 já foram distribuídas às unidades da federação, e que os Estados e municípios têm autonomia para aderir ou não à recomendação de ampliação, "conforme a disponibilidade das vacinas e necessidades locais".
Até agora, foram vacinados no Estado 9,4 milhões de pessoas em 51 dias de campanha. Apesar de poucas doses restantes, o ministério afirma que "não concorda com o desperdício de vacinas e, portanto, recomenda que disponibilize a imunização à população do Estado até o fim de seu estoque".
NOVAS REGRAS
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse nesta terça que a pasta irá discutir uma "regra permanente" para que novas campanhas de vacinação tenham um prazo fixo para imunização de grupos prioritários. Em seguida, a vacina seria liberada para toda a população.
A medida será apresentada ainda neste mês à CIT (comissão intergestores tripartite), composta por secretários estaduais e municipais de saúde, e que define novas ações a serem adotadas no SUS.
Assim, caso não atinja a meta de vacinação do público-alvo no prazo previsto, como ocorreu com a campanha de imunização contra a gripe neste ano, a vacina passa a ser ofertada a todas as faixas etárias.
"Queremos que isso se torne uma política permanente nossa. Haverá prazo para o público-alvo, e terminado o prazo, a vacina fica disponível para todos. Já perdemos milhões e milhões de doses de vacina anteriormente por ficar prorrogando campanhas e atingir um público-alvo que não se apresenta", afirmou.
O ministro não informou, porém, para quais tipos de vacinas a medida proposta poderia valer –inicialmente, a ideia seria adotar nas próximas campanhas de vacinação contra a gripe.
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