Policial é assassinado durante ronda no morro do Vidigal, no Rio

Crédito: Jose lucena/Futura Press/Folhapress RIO DE JANEIRO,RJ,23.07.2017:COMUNIDADE-VIDIGAL-SEGURANÇA - Policiais do BOPE, Choque e da UPP reforçam a segurança na comunidade do Vidigal, Zona Sul do Rio Janeiro (RJ), neste domingo (23). O reforço foi feito para garantir a segurança de peritos da Polícia Civil que irão periciar o local onde policial foi atingido por disparo efetuado por criminosos. O PM foi o 91º morto no Rio este ano. (Foto: jose lucena/Futura Press/Folhapress) *** PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS ***
BOPE e Choque reforçam a segurança do local onde policial foi assassinado

DE SÃO PAULO
DO UOL

Um sargento da PM do Rio (Polícia Militar) morreu após ser baleado na madrugada deste domingo (23) enquanto fazia uma ronda na comunidade do Vidigal, no bairro do Leblon, zona sul da capital fluminense.

Hudson Silva de Araújo, 46, é o 91º PM morto no Rio de Janeiro em 2017. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadoras) da PM do Estado.

De acordo com as informações, Hudson fazia uma ação de patrulhamento na favela do Vidigal quando foi baleado. O policiamento na área onde o PM foi morto está reforçado, segundo a assessoria de imprensa das UPPs.

A região onde Hudson morreu é próxima às comunidades do Pavão-Pavãozinho, também na zona sul, onde houve confronto entre policiais e criminosos na manhã do último sábado (22).

A morte de Hudson acontece um dia depois do enterro do soldado Fabiano de Brito e Silva, 35, morto também a tiros na última sexta-feira (21) quando saía de casa, na cidade de Nova Iguaçu, na região da Baixada Fluminense.

Em protesto contra as mortes de policiais no Estado, uma passeata composta por parentes de agentes da PM foi organizada na manhã deste domingo no Rio.

A concentração aconteceu em Copacabana, em frente ao posto 5, às 10h. Manifestantes estenderam faixas que exigiam mais segurança no trabalho dos policiais e levaram 91 cruzes negras, cada uma com o nome de um agente morto no Rio em 2017.

Organizado por meio de redes sociais, o protesto não teve estimativa de público divulgada pela organização. O grupo caminhou por volta de dois quilômetros e depois se dispersou.

Em São Paulo, um grupo fez uma caminhada pela avenida Paulista em protesto contra a morte de PMs pelo país, principalmente em Minas, São Paulo e Rio.

De acordo com o presidente do movimento Direita São Paulo, Edson Salomão, organizador do evento, a convocação começou em 10 de julho com a morte do cabo da PM de Santa Margarida (MG) Marcos Marques da Silva, 36, assassinado com um tiro de fuzil durante um assalto a banco.

Também participaram do evento Unidos pelo Brasil, Liga Cristã do Brasil e, ainda, pessoas que apoiam a intervenção militar.

CRISE DE SEGURANÇA

Os ataques a PMs no Rio de Janeiro são uma das faces da crise no setor de segurança pública do Estado. O governo federal informou na última quinta (20) que mil homens da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal já estão reforçando a segurança no Rio.

Após reunião com o presidente Michel Temer (PMDB), na quinta, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) disse que o Estado receberia um reforço de 620 homens da Força Nacional –1,3%do efetivo da PM– e de 380 da Polícia Rodoviária Federal.

No entanto, o Ministério da Justiça e a PRF dizem que as equipes já estão no Estado. Em meio ao agravamento da violência no Rio de Janeiro, o Ministério da Defesa também colocou as Forças Armadas à disposição do governo do Rio.

"Estamos à disposição para apoiar esta fase Rio de Janeiro do Plano Nacional de Segurança", disse o ministro da Defesa, Raul Jungmann, após a reunião no Palácio do Planalto, na qual esteve presente também o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM).

As Forças serão acionadas se convocadas pelo governador, como em fevereiro deste ano, quando foram empregadas na região metropolitana.

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