Homem invade escola em Goiás e mata jovem a tiros dentro de sala de aula
Reprodução/Facebook | ||
A jovem Rafaella Noviske, 16, que foi morta a tiros dentro da sala de aula em Alexânia (GO) |
Uma adolescente de 16 anos foi morta a tiros na manhã desta segunda-feira (6) dentro da sala de aula em Alexânia, no interior de Goiás. O suspeito é um jovem de 19 anos, que invadiu a unidade escolar com intenção de matá-la, de acordo com a Polícia Civil. Mizael Pereira Olair foi preso em flagrante depois de fugir da escola e confessou que havia comprado a arma especialmente para cometer o crime.
Rafaella Noviske havia acabado de chegar à escola e assistia à primeira aula do dia quando Mizael invadiu a sala à sua procura. De acordo com o relato do próprio jovem, ele estava com o revólver calibre 32 completamente abastecido de balas e mirou em Rafaella. Depois, ainda recarregou a arma e repetiu os disparos.
À reportagem do UOL, a delegada Rafaela Alves Razzi destacou que Pereira Olair repetiu diversas vezes o termo "ódio" para explicar a motivação do crime. De acordo com o suspeito, ele nunca teve um envolvimento romântico com a jovem. Por enquanto, as autoridades buscam indícios que confirmem a hipótese de feminicídio.
"Ele disse que no ano passado estudou com a moça, sabia tudo sobre a vida dela. Provavelmente, é um crime passional. Deve vir de uma rejeição dela por ele", opina Rizzi, que diz estar "revoltada" com o assassinato. Uma menor aprendiz que trabalha diretamente com a delegada é prima da vítima.
Mizael disse não se lembrar se havia outras pessoas na sala de aula do Colégio 13 de maio —para a delegada, esse detalhe mostra como o assassino estava "cego". Ele admitiu que comprou a arma apenas com esse fim, mas não disse nem onde nem quando.
"Vou interrogá-lo para saber se é feminicídio ou se ele simplesmente é um psicopata. Não há nenhum sinal de uso de drogas e ele também nega usar", diz a delegada.
Ainda de acordo com a delegada, que efetuou a prisão em flagrante, a polícia da cidade agora está atrás de um comparsa de Mizael. Ela só não sabe ainda se ele tinha conhecimento do crime e, portanto, pode ser apontado como cúmplice. O assassino não estava estudando nem trabalhando.
OUTRO ATAQUE EM GOIÁS
No dia 20 de outubro, um estudante de 14 anos sacou da mochila uma arma de seus pais, que são PMs, e atirou contra colegas de classe numa escola particular de Goiânia, deixando dois mortos e outros quatro feridos.
O menino disse à polícia que decidiu fazer os disparos porque sofria bullying. Colegas de escola disseram que ele era chamado de "fedorento". Os dois adolescentes mortos tinham 13 anos. Outros quatro ficaram feridos, sendo três meninas e um menino. Todos são estudantes do oitavo ano da escola Goyases.
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