Descrição de chapéu Obituário Casemiro Serafim Vieira (1948 - 2017)

Mortes: Grande voz das ondas do rádio catarinense

Crédito: Arquivo Pessoal Casemiro Serafim Vieira (1948-2017)
Casemiro Serafim Vieira (1948-2017)

KELLY MANTOVANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Desde cedo, Casemiro Serafim era um apaixonado pelas ondas do rádio. Aos 11, montou no sótão de sua casa, em Joinville (SC) um estúdio imaginário, onde utilizava tampas de panelas como botões e escovas de cabelo como microfones. Passava horas preparando e apresentando programas.

Aos 14, já após o trabalho como cobrador de ônibus, acompanhava um amigo nas transmissões da rádio Cultura. Certo dia, na ausência de um locutor para divulgar uma nota, o diretor da rádio o autorizou, por telefone. O timbre de voz grave chamou a atenção e logo foi contratado.

Fã de Roberto Carlos, adotou Roberto como nome artístico. Foram mais de 50 anos na profissão -quatro décadas na Rádio Chapecó (SC), e diversas emissoras, passando por Rio Grande do Sul e Paraná. Também fazia bicos em campanhas eleitorais.

Mesmo nas horas livres, seguia acompanhando o noticiário nacional e internacional. Recebeu o prêmio Microfone de Ouro da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão de Santa Catarina (Acaert) como melhor locutor noticiarista do Estado, os títulos de melhor comentarista da Assembleia Legislativa e o de cidadão chapecoense.

"Vai ser difícil substituí-lo, pois a sua voz era a marca registrada da rádio", conta o amigo José Francisco.

Trabalhou até o último dia de sua vida, mesmo em tratamento para leucemia. Morreu em casa, após o expediente do dia 21, aos 69, após um infarto. Deixa a mulher por 40 anos, Maria, a irmã, cinco filhos, oito netos e dois bisnetos, além dos amigos e ouvintes órfãos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br


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