Cármen Lúcia determina inspeção em presídio palco de rebelião em Goiás

Crédito: Divulgação Presos da Colônia Agroindustrial fazem rebelião; há mortos e feridos, ainda sem número confirmado
Colônia Agroindustrial, onde a rebelião ocorreu na tarde desta segunda-feira (1º)

DE SÃO PAULO

A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), determinou nesta terça (2) que o Tribunal de Justiça de Goiás faça uma inspeção com urgência no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

Na última segunda (1º), uma rebelião na unidade deixou nove presos mortos, sendo dois deles decapitados, e outros 14 feridos. Outros 77 continuam foragidos.

Em oficio enviado para o presidente do tribunal, o desembargador Gilberto Marques Filho, a ministra fixou prazo máximo de 48 horas para o envio de informações sobre as condições dos presos, do complexo prisional e das providências tomadas pelo Judiciário goiano diante do motim.

Segundo o superintendente-executivo de Administração Penitenciária, tenente-coronel Newton Castilho, a rebelião em Aparecida de Goiânia ocorreu porque presos de uma ala invadiram outras três alas. Em seguida, ocorreu troca de tiros e colchões foram queimados.

O coronel admitiu à Folha que o complexo em Aparecida de Goiânia sofre com superlotação e tinha condições precárias de segurança e estrutura. Ele ainda citou risco de conflito em outra penitenciária, a Odenir Guimarães, onde 2.000 homens cumprem pena atualmente.

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