Descrição de chapéu Obituário Robson Pandolfi (1987 - 2018)

Mortes: Estudava a aplicação de inteligência artificial no jornalismo

Crédito: Reprodução/Facebook Robson Pandolfi (1987-2018)
Robson Pandolfi (1987-2018)

ANTONIO MAMMI
DE SÃO PAULO

Não será surpresa se, nos próximos dias, encomendas de livros chegarem ao endereço da agência de conteúdo República, em Porto Alegre. Mesmo sem encontrar o destinatário, os pacotes seriam vestígios reveladores do propósito de Robson Pandolfi: para ter sido o jornalista fértil que foi, era necessário absorver doses maciças de conhecimento.

O repertório, tão diverso como sua trajetória profissional e acadêmica, ia de literatura a manuais de programação. Professor da Uniritter até o final de 2017, introduziu as disciplinas de jornalismo literário e de dados na grade da universidade gaúcha. Também ocupava uma cadeira no curso de relações internacionais da instituição.

Recentemente, destacava-se sobretudo na área de dados. Técnico de informática antes de entrar na faculdade, Pandolfi cursava mestrado em computação aplicada e sua pesquisa investigava a aplicação de inteligência artificial no jornalismo.

Natural de Mariano Moro, cidade na divisa com Santa Catarina e que abriga 2.210 habitantes segundo o último censo demográfico, era um tipo grandalhão e ávido por churrascos –amigos estimam que ele preparava de dois a três assados por semana.

"Era muito afetuoso, cumprimentava com um tapão que quase desmontava a gente", diz o amigo Leonardo Pujol, seu sócio na República.

Interessado por história e estudioso da Revolução Russa, planejava escrever um livro sobre Karl Marx neste ano.

Morreu afogado no último domingo (7), aos 30 anos, durante férias com a família no litoral do Uruguai. Deixa os pais, irmã e namorada.

coluna.obituario@grupofolha.com.br


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