Descrição de chapéu Obituário Adenilson de Jesus Ferreira (1967 - 2017)

Mortes: Responsável pela sincronia das alas da Vai-Vai

Crédito: Arquivo Pessoal Adenilson Ferreira (1967-2017)
Adenilson Ferreira (1967-2017)

KELLY MANTOVANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Adê Ferreira se fascinou quando começou a frequentar ensaios de escola de samba, levado pela tia. Batiam ponto nas quadras da Rosas de Ouro e de agremiações da zona leste de São Paulo.

O garoto da Brasilândia cresceu e, no final dos anos 90, fez do lazer um dos seus ofícios. Formou-se em história e conciliava a vida de gerente numa empresa com a preparação minuciosa dos desfiles da Vai-Vai.

Era ala Kambinda, responsável por ajudar os chefes a colocar as alas na avenida. Puxava os componentes para cantar e precisava se manter atento para garantir a sincronia da apresentação.

A rotina intensa contrastava com seu jeito calmo, de riso contagiante. Era procurado para dar conselhos. "Me ensinou a amar a vida, sempre com palavras de conforto", diz o amigo Léo Souza.

Também era reservado. Não gostava de sair em fotos e, quando o fazia, era acompanhado de amigos.

Nem nas horas livres abandonava o samba –viajava para ver os desfiles das escolas do Rio, frequentava rodas de samba de raiz e contava histórias dos bastidores.

Não se casou nem teve filhos. Tinha um amor incondicional pelos sobrinhos e primos pequenos. Sonhava em comprar a casa própria.

"Era um cara extremamente inteligente, podia conversar sobre tudo. Tinha educação e elegância nas abordagens e na forma de expressar suas opiniões", lembra o cunhado Fábio Paulino.

Morreu no dia 24, aos 51, após dois anos de luta contra um câncer no cérebro. Deixa os pais, cinco irmãos, quatro sobrinhos e amigos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br


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