DO RIO

A Polícia de Civil do Rio de Janeiro prendeu, na última terça-feira (23) em Paraty, um suspeito de ter participado da decapitação de um homem, ocorrida em fevereiro de 2017, na mesma cidade.

Geraldo Oliveira Júnior, conhecido como Santista, 30, é suspeito dos crimes de homicídio, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Segundo o delegado titular Uriel Nunes, Santista é um dos responsáveis por executar, em fevereiro de 2017, William de Azevedo, 30.

Diz o Ministério Público que William, morador da favela Ilha das Cobras -a 1 km do centro- foi acusado de ter beijado a namorada de um chefe do tráfico local. Este criminoso, que está preso, teria mandado matar o rapaz por vingança.

William teve a cabeça cortada e queimada. Seu corpo foi jogado em um rio.

A suposta namorada do traficante foi espancada na rua e teve o cabelo raspado.

Em um dos registros de ocorrência, Santista aparece em fotografias espancando e cortando o cabelo de uma adolescente.

As fotos dela e do corpo de William circularam entre moradores de Paraty, cidade tida como tranquila. Para Vinicius Ribeiro, promotor da cidade, este grau de crueldade foi fato inédito no município de 40 mil moradores.

Segundo a Polícia Civil, outros suspeitos de participação no crime já haviam sido presos em uma operação que aconteceu em agosto de 2017.

A Folha questionou a polícia se Santista já tem algum advogado para defendê-lo, mas não obteve resposta. Questionada, a polícia também não informou se Santista nega as acusações.

A cidade tem sofrido com o aumento do número de crimes violentos. De acordo com dados do Mapa da Violência, que se referem ao período de 2012 a 2014, a cidade tem o pior índice de assassinatos do Estado do Rio -média de 60,9 mortes para cada 100 mil habitantes. A média nacional é de 29,1.

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