DE SÃO PAULO

Cinco pessoas foram detidas após iniciarem um protesto contra o reajuste da tarifa do transporte público dentro da Catedral da Sé, no centro de São Paulo, nesta quinta-feira (25). A catedral estava prestes a receber a missa em comemoração ao aniversário de São Paulo, conduzida pelo bispo dom Odilo Scherer.

Segundo informações da Polícia Civil, cerca de 20 pessoas entraram na igreja portando faixas com textos contrários ao reajuste da tarifa do transporte público em São Paulo, que no início do ano subiu de R$ 3,80 para R$ 4,00. Após o início de tumulto, a Polícia Militar foi chamada e cinco dos manifestantes foram detidos e levados à delegacia.

O caso foi registrado como perturbação a cerimônia religiosa, crime previsto no Código Penal.

Segundo o MPL (Movimento Passe Livre), o protesto tinha como alvos o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito da cidade, João Doria (PSDB). Nenhum dos dois políticos estava presente no local.

No lugar do governador, estava o secretário estadual da Educação, Renato Nalini. Já a prefeitura da cidade foi representada pelo vice-prefeito, Bruno Covas (PSDB). Estavam ainda presentes vereadores, secretários municipais e o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (DEM).

O governo do Estado disse que não comentará o protesto. A prefeitura defendeu o reajuste, que seria "necessário para adequar a receita ao custo do sistema". A prefeitura argumenta ainda, que o aumento da passagem foi menor do que a inflação desde a última alteração da tarifa, em 2016.

Após o protesto, por volta do meio-dia, o prefeito João Doria esteve na catedral. Ele participou de um brunch em área restrita com o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, e seu secretariado.

Pouco depois das 13h, Doria foi até o Vale do Anhangabaú, em show de Paula Fernandes. Quando seu nome foi anunciado no palco, pode-se ouvir algumas vaias e aplausos. Doria não fez discurso.

Mais tarde, ele foi a evento de formatura de agentes, no Belém. Em discurso, foi aplaudido ao dizer para os agentes não terem medo de "defender a cidade". "Eu bato continência porque respeito a guarda", disse.

Ao fim do evento, enfrentou fila de agentes e familiares para fazer uma foto com ele.

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