A jovem de 18 anos vítima de um estupro no último dia 14 de janeiro, na região do Aricanduva, zona leste de São Paulo, reconheceu nesta quinta-feira (25) o suspeito do crime, segundo a Secretaria Estadual da Segurança Pública de São Paulo.

O homem, de 35 anos, que não teve o nome divulgado, foi preso também nesta quinta, e teve a prisão temporária solicitada à Justiça pela polícia.

O estupro foi flagrado por uma câmera de segurança. O criminoso desce de um Fiat Siena preto, espera na esquina a vítima se aproximar e a puxa pelos braços, obrigando-a a entrar no carro. Toda a ação acontece por volta das 7h, quando a rua aparenta estar vazia.

Dentro do veículo, ele manteve uma arma apontada para a vítima e a estuprou por 30 minutos, segundo a Polícia Civil.

Um policial militar chegou a ter prisão temporária decretada por suspeita de ser o autor do crime, mas a vítima não o reconheceu. Ele tinha um veículo idêntico ao do criminoso e fora acusado, dias antes, de assédio a uma estudante de 19 anos, na mesma região.

Crédito: Reprodução/Video

O policial se apresentou, no último dia 22, à polícia, mas afirmou que estava fora de São Paulo quando ocorreu o crime, mostrando inclusive recibos para comprovar a viagem. Com isso, a polícia pediu a revogação da prisão temporária e o liberou no mesmo dia.

Ao UOL, a mãe da vítima afirmou, também na semana passada, que a filha estava "completamente abalada" e se recusava a falar ou relembrar o assunto. "Queremos Justiça. O meliante que fez isso tem que pagar de um jeito ou de outro", disse a mãe, uma auxiliar de limpeza de 37 anos que teve o nome omitido para preservar a vítima.

VIOLÊNCIA

Os dados de violência de 2017, divulgados nesta quarta (24) pela Secretaria de Segurança Pública, mostra que os estupros aumentaram 10,3% no Estado, no ano passado, em relação a 2016. Eles passaram de 10.055 casos naquele ano para 11.089 no ano passado.

Desde 2009, quando houve alteração da legislação, são considerados estupros todos os ataques sexuais contra homens e mulheres. Até então, só eram considerados estupros penetração vaginal. Tanto o secretário Mágino Alves Barbosa Filho quanto especialistas em segurança não têm uma explicação científica desse elevação.