Descrição de chapéu Obituário Mariana Morel de Lira (1997 - 2018)

Mortes: Apaixonada por moda, era influenciadora na internet

Nas redes sociais, dava dicas de produtos, técnicas de beleza e alimentação

Thaiza Pauluze
São Paulo

Desde criança Mari preferia roupas a brinquedos. Ficava na lanchonete da família, em Campo Grande (MS), dançando a ragatanga do Rouge, no início dos anos 2000. E, com os clientes que não davam uma gorjeta alta, era ela a mais brava. O gosto pela moda e a personalidade forte, mais tarde, lhe dariam um canal no YouTube e mais de 5.000 seguidores no Instagram.

Influenciadora digital, Mariana queria estudar moda, mas o conselho foi de que na capital sul-mato-grossense não teria mercado. Optou então pelo curso de estética —ideal para quem não saía do quarto sem se maquiar, mesmo que só para a vista dos pais. 

Aprendeu tudo sobre sobrancelha, unha em gel, limpeza de pele, drenagem linfática, cabelo —a ruiva já tinha sido morena, loira, lisa, cacheada. Nas redes sociais, dava dicas de produtos e técnicas de beleza, ainda mais agora que estava fazendo transição capilar, para ter de volta as ondas naturais. 

Também compartilhava sua rotina de saúde e alimentação. Era viciada em academia e gravava tudo para os seguidores. Não dispensava ainda a velocidade ao dirigir e até ganhou o apelido de Mari Toretto —sobrenome de um dos protagonistas do filme "Velozes e Furiosos".

Em junho, ganhou do pai seu próprio estúdio de beleza. No contêiner com seu nome, passou a atender com hora marcada. Mas já tinha perguntado aos pais se ficariam bravos de o salão ir com ela para São Paulo, onde sonhava se especializar na área.

Antes, iria para os EUA com o namorado. Estavam tirando os passaportes rumo a Las Vegas e Nova York, cidades que sempre quis conhecer.

A última foto postada no Instagram de Mariana Morel é da tatuagem que fez com a mãe na mesma semana em que foi internada. Já estava sentindo dores na barriga, mas insistiu em escrever a frase "amor que não se pede" nela e "amor que não se mede" em Silvana. 

Parecia querer mesmo deixar a última mensagem gravada. A blogueira morreu no dia 9 de outubro, aos 21 anos, em decorrência de uma pancreatite aguda e infecção generalizada. Deixou o irmão, Renato, o pai, Afonso, a mãe, Silvana, o namorado, Jefferson, uma sobrinha e uma afilhada. 


coluna.obituario@grupofolha.com.br

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