A avalanche de rejeitos da mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), poderia alcançar uma distância de 11 km pela zona rural da cidade. "O nível de alerta demanda atenção redobrada", afirma o major Eduardo Lopes, superintendente de desastre da Defesa Civil de Minas Gerais.
O major afirmou que o coeficiente de estabilidade indica que a estrutura pode vir a se romper. Por isso, a barragem está sendo monitorada 24 horas e, a cada quatro horas, a Defesa Civil emite novo diagnóstico. Mas enquanto permanecer o nível de risco 2, as comunidades não podem voltar para a área rural.
Os moradores da margem fronteira ao rio São João, a 1,2 km da mina de Gongo Soco, serão afetados com a possível contaminação de água. "Nossa preocupação é com a possível inundação", diz o major.
Ele explica que é natural que haja alteração no volume de água, semelhante ao que aconteceu em outros desastres.
A maioria dos moradores da região é de sitiantes e tem muitas criações de animais, que foram deixados em suas casas. "Essa situação já foi levada para os órgãos competentes", diz Lopes.
A Defesa Civil informa que a área de evacuação está controlada e agora o foco está no acolhimento das pessoas afetadas. São três comunidades em áreas de maior risco: Socorro, Tabuleiro e Piteira. Outras duas, Vila Congo e a Córrego do Arroz, nas proximidades, exigem cautela.
Cerca de 500 pessoas frequentam essas comunidades. A Defesa Civil já removeu 239 pessoas da região, mas cerca de 30 insistem em permanecer, por se acharem seguras. São cerca de 250 casas, mas muitas estavam vazias, por se tratar de área rural.
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