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31/05/2010 - 12h40

Famílias das vítimas do voo 447 pedem ajuda de especialistas internacionais

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DA FRANCE PRESSE
DE SÃO PAULO

Associações de familiares das vítimas do voo 447 da Air France, que caiu há um ano no oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo, reclamaram nesta segunda-feira, em Paris, a participação de especialistas internacionais nas investigações do acidente e que se crie uma comissão pan-europeia de peritos.

"Especialistas internacionais devem participar nas investigações da tragédia", reclamou, em coletiva de imprensa, Bernd Gans, representante da associação alemã HIOP de vítimas do Airbus A330.

A reclamação se refere à investigação penal conduzida pelo Birô de Investigações e Análise (BEA), organismo estatal francês encarregado das investigações técnicas do acidente.

09.jun.2009/Marinha do Brasil
Pedaço do avião da Air France resgatado no Atlântico; 228 morreram
Pedaço do avião da Air France resgatado no Atlântico; 228 morreram

"Vamos pedir expressamente à juíza de instrução que designe especialistas internacionais para tranquilizar as vítimas", afirmou o presidente da associação francesa Entreaide, Jean Baptiste Audousset.

"Exigimos a criação de uma comissão pan-europeia de peritos sob a presidência da AESA" (Agência Europeia de Segurança Aérea), indicou, depois em um comunicado da associação HIOP, às vésperas de uma cerimônia em memória das vítimas organizada pela Air France em Paris.

"Realmente necessitamos saber o que aconteceu naquela noite. Não é normal que um avião desapareça em meio ao oceano sem deixar vítimas", afirmou Maarten van Sluys, representante das famílias das vítimas brasileiras.

"Em um ano, aprendemos muito sobre aviação (...), mas ainda não sabemos o que aconteceu nesse caso", acrescentou Van Sluys, que reclamou uma quarta operação de busca das caixas pretas.

"Queremos outra fase de buscas. Achamos que é importante seguir tentando. Estamos no século 21 e há meios técnicos para encontrá-las", afirmou.

Já foram realizadas três operações de buscas, em vão, o que provocou a frustração de pilotos e famílias das vítimas, que querem que os investigadores continuem procurando. Essas operações já custaram 20 milhões de euros.

Até agora, o BEA considera que um funcionamento equivocado das sondas Pitot é um dos fatores do acidente, mas só as caixas pretas permitirão compreender as causas exatas da tragédia.

Nesta terça-feira, exatamente 12 meses depois da catástrofe com o Airbus A330, a companhia organizará em Paris uma cerimônia privada em homenagem às 228 vítimas, seguida pela inauguração de uma placa no cemitério de Père Lachaise.

São esperadas de 1.000 a 1.200 pessoas, parentes das vítimas, que consideram que não foram investigadas todas as pistas.

Vítimas

O avião, que ia do Rio para Paris, caiu a cerca de 1.500 km de Recife. Às 23h14 do dia 31 de maio, a aeronave emitiu uma mensagem automática de despressurização e pane elétrica. As causas do acidente, porém, permanecem desconhecidas.

Ao todo, foram resgatados 50 corpos do oceano, sendo que 20 eram de brasileiros --sendo 12 homens e oito mulheres-- e os outros 30 de estrangeiros, sendo 13 homens e 17 mulheres.

As caixas-pretas com os registros de voo continuam desaparecidas, e apenas pequenas partes dos destroços do Airbus A330 foram encontradas.

 

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