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Rio Largo (AL) perde todos os registros e terá que começar do zero
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DA AGÊNCIA BRASIL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As águas da enxurrada que destruiu casas, ruas, pontes e uma estrada de ferro no município alagoano de Rio Largo (a 60 quilômetros de Maceió), levaram também todos os registros da população, dos imóveis e das empresas da cidade, que, agora, terá que começar do zero.
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Em Alagoas, a Defesa Civil contabiliza mais de 180 mil pessoas afetadas pelas chuvas, sendo que quase 70 mil tiveram que deixar suas casas. Dessas, 47.897 estão desalojadas (na casas de amigos e parentes) e outras 21.618 desabrigadas (dependem de abrigos públicos).
Além disso, 28 cidades foram afetadas pelos temporais, sendo que 15 decretaram estado de calamidade pública. Nesses locais, já foram distribuídas quase 20 mil cestas básicas. 76 pessoas permanecem desaparecidas (estão fora de casa e não foram localizadas). Até agora, 34 pessoas morreram no Estado e 51 na região.
No município de Rio Largo, as águas do rio Mundaú, que chegou a subir mais de 2,5 m, destruiu seis escolas, seis unidades de saúde e 19 prédios públicos, entre eles o da prefeitura e das secretarias de Finanças, Coordenação de Tributos, de Educação e a Biblioteca Municipal.
"Vamos ter que começar do zero", disse Renato Soares, secretário de Execução Municipal. "Teremos que registrar toda a cidade novamente para poder voltar a cobrar os impostos", afirmou Soares.
A enchente que atingiu grande parte de Rio Largo foi ainda mais dramática porque as águas inundaram a região central do município onde estão localizados o comércio e a maioria dos prédios públicos. "No prédio da prefeitura, o piso subiu e o teto veio abaixo", disse o secretário.
A cidade, que tem uma população de 65 mil habitantes, está sem um banco para receber as doações em dinheiro. "Os prédios do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que estão no centro, foram totalmente destruídos. Não temos como indicar uma conta para que as pessoas possam doar recursos", afirmou Soares.
Segundo ele, está a cargo do governo do Estado a arrecadação de dinheiro para ajudar as vítimas das enchentes.
No bairro de Cachoeiro, um dos mais afetados pelas enchentes, algumas pessoas distribuíam roupas para as famílias que perderam tudo que tinham. Entre elas estava Renato da Silva, que usou seu carro para recolher as doações e distribuí-las aos mais necessitados. "Não custa nada ajudar. Acho que todos que podem fazer alguma coisa por essas pessoas que perderam tudo devem colaborar para diminuir o sofrimento delas", afirmou.
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