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09/07/2010 - 12h48

Tio de adolescente do caso Bruno deve pedir proteção policial no Rio

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DIANA BRITO
DO RIO

O tio do adolescente de 17 anos que confirmou à polícia a morte de Eliza Samudio, 25, deve visitar nesta sexta-feira o sobrinho que está internado no Instituto Padre Severino, na Ilha do Governador, zona norte do Rio. Desde quinta-feira (8), policiais da Divisão de Homicídios da cidade, na Barra da Tijuca (zona oeste), aguardam o motorista de ônibus registrar as supostas ameaças que passou a receber após denunciar o caso e pedir proteção.

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De acordo com informações do Instituto Padre Severino, a mãe do adolescente viaja de Belo Horizonte (MG) para o Rio para visitá-lo ainda hoje. Ela não realizou a visita antes porque ficou em estado de choque com o crime.

A Justiça do Rio aguarda a chegada do pedido de transferência para autorizar a ida, para Minas Gerais, do adolescente. Segundo o TJ (Tribunal de Justiça) do Rio, o pedido feito pela Justiça de Minas ainda não chegou à Vara da Infância e Juventude da cidade.

Em depoimento à DH do Rio, ele afirmou que foi convidado por Luiz Henrique Romão, o Macarrão, amigo e funcionário de Bruno, para levar Eliza ao sítio do goleiro em Esmeraldas (MG).

Segundo o depoimento, Macarrão já tinha planejado tudo e mandou o adolescente se esconder no porta-malas do carro Range Rover. No caminho, discutiu com Eliza, que tomou a arma que estava em sua mão e tentou atirar. A arma estava descarregada, e o adolescente acabou desferindo três coronhadas na cabeça da jovem. Um exame confirmou que as manchas encontradas no carro eram do sangue de Eliza.

Ela foi mantida no sítio, e passou a ser vigiada. Segundo o menor, Bruno foi ao sítio e permaneceu lá por duas horas, quando exigiu que seu problema fosse resolvido. No dia seguinte, Eliza e o filho foram levados até um local próximo a Belo Horizonte, onde foram recebidos pelo ex-policial Marcos Aparecido dos Santos que, segundo delegado Edson Moreira, é conhecido como Bola, Paulista e Neném.

O adolescente disse que Neném pegou Eliza, amarrou seus braços e a sufocou. Em seguida pediu que todos deixassem o local. Mas o jovem diz ter visto o homem passar carregando um saco e jogar a mão de Eliza dentro de um canil com quatro cães da raça rottweiller. O adolescente disse que os ossos dela foram concretados no mesmo local.

INVESTIGAÇÕES

Nesta sexta, o Corpo de Bombeiros retomou as buscas pelo corpo de Eliza, ex-amante de Bruno desaparecida há cerca de um mês, no sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG), e nas proximidades da residência. Ao todo, quatro equipes estavam no local por volta das 10h. Em depoimento, dois suspeitos afirmaram que Eliza está morta.

O Instituto de Criminalística faz ainda a análises do EcoSport que supostamente foi usado para levar Eliza para a casa onde ela teria sido assassinada. Também será analisado um Citröen que pertence a Bola, em que a polícia encontrou marcas que seriam de sangue.

A Polícia Civil de Minas apresentou hoje o computador de Eliza, cedido por uma amiga, que também deve ser periciado em busca de dados que possam esclarecer o desaparecimento da jovem.

Ainda segundo Firpe, um pedido de habeas corpus a favor do jogador, sua mulher e outro três suspeitos, que estão foragidos --Elenilson Vitor da Silva, Wemerson Marques de Souza e Flávia Caetano de Araujo--, será encaminhado para a Justiça até segunda-feira.

Outras oito pessoas --incluindo um adolescente de 17 anos-- também são suspeitos de participar do crime. Três estão foragidos.

 

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