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Sucesso do goleiro Bruno representou uma "virada" para amigos
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HUDSON CORRÊA
ENVIADO A RIBEIRÃO DAS NEVES
RODRIGO VIZEU
DE BELO HORIZONTE
O comportamento do jogador do Flamengo Bruno Fernandes e de um grupo de amigos hoje suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio teve um ponto de inflexão: o início do sucesso do goleiro.
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É o que dizem professores da infância e adolescência de Luiz Romão, o Macarrão, e de mais dois acusados no caso.
Antes de despontar como estrela do esporte, Bruno e sua turma eram até bons alunos, segundo quem conviveu com eles naquela época. Embora matriculados em escolas diferentes, o goleiro e o grupo de Macarrão cresceram juntos em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas.
Bruno tem histórico escolar exemplar. Em 1995 e 1996, aos 12 anos, conseguiu média superior a 9 em estudos sociais e ensino religioso, cravou 7,6 em matemática e 8 em português e ciências.
"Ele não era de briga. Não era criança problema", diz a diretora da escola, Tânia Pinto Saraiva, 43. "E [já goleiro] passou a ser uma referência para nós. Estamos de luto. Foi um banho de água fria."
Fora da escola
A escola onde Bruno estudou fica próxima à favela Santa Matilde, onde morou. Macarrão, Wemerson de Souza, o Coxinha, e Flávio de Araújo eram de outro colégio, no Liberdade, a 15 km. É nesse bairro que surgem os relatos da "virada" na vida do goleiro e de sua turma.
O grupo se conheceu fora da escola. Quando foi dispensado do juvenil do Cruzeiro, há dez anos, Bruno começou a treinar em um projeto de formação de jogadores no bairro Liberdade. Foi quando conheceu Macarrão.
Pouco tempo depois, a vida do jogador --e dos amigos-- começou a melhorar. De vendedor de picolé na porta da escola onde era bom aluno, Macarrão passou a andar em "carrões e motos de Bruno" e a promover festas barulhentas, diz um grupo de cinco professores folheando um álbum de fotos.
"Ele [Macarrão] era o primeiro da fila por ser miudinho. Era o primeiro aluno em ciência. Tinha toda assistência da família. Sempre me trazia uma flor. Quando o chamaram de monstro, desliguei a TV", afirma a professora Geralda Lucy, 49.
Outro professor, que prefere não ter o nome divulgado, diz acreditar que Coxinha e Flávio tenham "caído de gaiatos" na história atraídos pelo sucesso do goleiro. Coxinha treinava o 100%, time criado e mantido por Bruno. Aluno de educação física, era estagiário na escola onde havia estudado.
Mastrangelo Reino/Folhapress | ||
Parede pichada em rua de Belo Horizonte próxima à casa do ex-policial suspeito de envolvimento no crime |
Silêncio
Ainda no bairro Liberdade, a Folha segue de casa em casa, mas ninguém aceita falar sobre Macarrão e companhia. Procurada, a mãe dele não atende a reportagem.
Uma professora deixa escapar que há "alguém dando ordem" para o silêncio. Foi no bairro que a polícia localizou o bebê de Eliza, depois do sumiço dela.
Também na comunidade está a Lagoa Suja, onde a polícia chegou a procurar o corpo da ex-namorada de Bruno. Próxima ao local fica a boate Sinal Verde, que, dizem moradores, era frequentada pelo goleiro e seu grupo.
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