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15/07/2010 - 17h17

Estudante que atropelou frentista em 2008 no interior de SP diz que estava inconsciente

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LIGIA SOTRATTI
DE RIBEIRÃO PRETO

O estudante Caio Meneghetti Fleury Lombardi, 21, foi ouvido nesta quarta-feira (14) pela Justiça, pela primeira vez, dois anos após atropelar o frentista Carlos Pereira da Silva, 39, em um posto de combustível na avenida Independência, em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo).

De acordo com o advogado de Lombardi, Heráclito Mossin, no depoimento o rapaz alegou que estava inconsciente por ter sido obrigado por alunos veteranos a ingerir bebida alcoólica e a inalar lança-perfume na noite do acidente.

Na época, Lombardi tinha entrado na faculdade e voltava de uma festa de recepção aos calouros. "Ele deixou os veteranos em suas casas e eles indicaram o caminho de volta a Franca [a 400 km de SP], onde Caio mora. Nesse trajeto, ele perdeu a consciência e invadiu o posto. Pelas imagens [das câmeras de segurança do estabelecimento], pela forma como ele entrou com o carro no local, dá para ver que não podia estar consciente até porque colocou em risco a própria vida", disse o advogado.

Desde janeiro, o estudante está preso em Franca e aguarda a análise de um habeas corpus pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), em Brasília --o pedido foi negado em maio pelo TJ (Tribunal de Justiça).

No mês passado, o frentista fechou acordo financeiro com o estudante para receber indenização por danos moral, estético e material. O valor não foi divulgado, mas o advogado do frentista afirmou que é próximo do que foi solicitado na época do acidente --ele pediu R$ 415 mil.

O atropelamento aconteceu em fevereiro de 2008. Segundo a polícia, o rapaz atravessou o canteiro da avenida e entrou com o carro direto no posto. Na invasão, arrancou a bomba de gasolina, bateu em um Corsa que estava abastecendo e em seguida atropelou o frentista, que ficou preso sob o carro.

Logo depois, o estudante tentou fugir, mas foi impedido por pessoas que estavam no posto. Laudo da polícia apontou que Lombardi estava embriagado. Câmeras do posto flagraram a cena.

Em depoimento na época, segundo a polícia, o universitário afirmou que havia bebido em um trote de calouros do curso de direito da Unaerp. No carro, havia seis frascos de lança-perfume.

O frentista teve traumatismo craniano, fraturas e queimaduras. Silva passou por quatro cirurgias e, após a recuperação, voltou a trabalhar no mesmo local.

 

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