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16/08/2010 - 18h45

Promotor recorre para que Mizael e vigia respondam por ocultação do corpo de Mércia

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DE SÃO PAULO

O Ministério Público de Guarulhos (Grande São Paulo) entrou com recurso para que o advogado Mizael Bispo de Souza e o vigia Evandro Bezerra de Souza respondam por ocultação do cadáver da advogada Mércia Nakashima.

Promotor detalha as acusações; ouça
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A Justiça de Guarulhos aceitou a denúncia contra ambos pelo assassinato de Mércia, mas rejeitou a acusação de ocultação de cadáver por entender que esse crime foi absorvido pelo delito mais grave de homicídio.

Mizael e Evandro estão em liberdade, após a Justiça conceder habeas corpus para os dois. Eles são suspeitos de terem matado a advogada. O corpo de Mércia foi encontrado no dia 11 de junho na represa de Nazaré Paulista (64 km de São Paulo).

De acordo com a denúncia, Mizael matou Mércia por não se conformar com o fim do relacionamento de quatro anos. Evandro teria ido buscar Mizael na represa após o crime.

No recurso, o promotor de Justiça Rodrigo Merli Antunes diz que "pelas circunstâncias apuradas no inquérito policial, o desiderato dos recorridos (Mizael e Evandro) era não só matar a vítima, como também ocultar o seu corpo. Caso contrário, não procurariam esconder os vestígios do crime e todo o corpo de delito, arremessando em local ermo e numa represa profunda, não só a vítima, como também seu automóvel e demais bens pessoais".

O promotor argumenta, ainda, que "a ideia dos agentes era a realização de um crime perfeito, este a não ser descoberto por qualquer pessoa, tanto que, mesmo após intensas buscas policiais, a ofendida (Mércia) somente foi localizada cerca de 18 dias após o seu desaparecimento".

O Ministério Público também já entrou com recurso contra as duas decisões do Tribunal de Justiça que concederam habeas corpus ao advogado e ao vigia.

CASO

O carro de Mércia Nakashima foi encontrado no dia 10 de junho em uma represa em Nazaré Paulista (64 km de SP), após indicação de um homem que viu o veículo ser empurrado enquanto pescava. No dia seguinte seu corpo foi encontrado no mesmo local, após ela ter ficado desaparecida por 17 dias.

Mizael foi acusado de homicídio triplamente qualificado, mas desde o início das investigações nega qualquer envolvimento com o crime. O vigia, acusado pela polícia de ajudar Mizael, foi denunciado por homicídio duplamente qualificado. Silva chegou a falar, em depoimento à polícia, que combinou de ir buscar Mizael na represa de Nazaré Paulista no dia 23 de maio --data de desaparecimento de Mércia--, mas depois mudou a versão e negou envolvimento com o crime.

 

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