Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
17/08/2010 - 13h57

Mãe diz que menina de cinco anos morta no Rio foi vítima do Judiciário

Publicidade

DO RIO

A médica Cristiane Ferraz, mãe da menina de cinco anos que morreu na última sexta-feira (13) após passar quase um mês em coma em um hospital do Rio, disse nesta terça, em entrevista à apresentadora Ana Maria Braga, da Rede Globo, que a filha foi vítima do Judiciário brasileiro. A criança começou a passar mal quando estava com o pai, que obteve na Justiça a guarda provisória por 90 dias.

Corpo de menina atendida por falso médico é enterrado
Médica acusada de contratar falso médico presta depoimento
Médica acusada de contratar falso médico é presa
Morre no Rio menina com suspeita de maus-tratos

"A J. foi vítima da legislação desse país, foi vítima do Poder Judiciário do país. A juíza mandou tirá-la de dentro de casa e entregá-la para ser morta", afirmou Ferraz. "Eu vou acreditar em quem, vou recorrer a quem agora?", questionou.

Reprodução/Divulgação
Polícia do Rio divulga foto de falso médico que atendeu criança de cinco anos internada em coma
Imagem divulgada pela polícia do Rio do estudante de medicina que atendeu a menina de cinco anos que morreu nesta sexta

O caso está sendo investigado pela DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima). Uma das hipóteses investigadas é que a menina tenha sido vítima de maus tratos por parte do pai. A polícia também constatou que ela foi atendida por um falso médico no hospital RioMar, da Barra da Tijuca. O estudante de medicina Alex Sandro Cunha da Silva já teve a prisão temporária decretada, mas está foragido. A pediatra Sarita Fernandes, apontada como a responsável pela contratação do falso médico, já está presa.

A suspeita de maus tratos surgiu depois que a mãe encontrou marcas no corpo da criança quando ela já estava em coma no hospital Amiu, de Botafogo. Ferraz já estava há quase dois meses sem ver a filha, proibida pela Justiça. A juíza que cuidou do caso tinha determinado o afastamento com base em laudo psicológico que apontou que a menina sofria de síndrome de alienação parental, quando um dos genitores coloca o filho contra o outro.

A criança foi então entregue ao pai, André Marins. Ele nega que tenha agredido a filha e diz que ela teve convulsões.

O delegado Luiz Henrique Marques Pereira, responsável pelo inquérito, aguarda laudo do IML para determinar se as marcas encontradas na menina são resultantes de maus tratos e se elas tiveram relação com o quadro neurológico que a levou à morte.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página