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Mãe diz que menina de cinco anos morta no Rio foi vítima do Judiciário
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DO RIO
A médica Cristiane Ferraz, mãe da menina de cinco anos que morreu na última sexta-feira (13) após passar quase um mês em coma em um hospital do Rio, disse nesta terça, em entrevista à apresentadora Ana Maria Braga, da Rede Globo, que a filha foi vítima do Judiciário brasileiro. A criança começou a passar mal quando estava com o pai, que obteve na Justiça a guarda provisória por 90 dias.
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"A J. foi vítima da legislação desse país, foi vítima do Poder Judiciário do país. A juíza mandou tirá-la de dentro de casa e entregá-la para ser morta", afirmou Ferraz. "Eu vou acreditar em quem, vou recorrer a quem agora?", questionou.
Reprodução/Divulgação |
Imagem divulgada pela polícia do Rio do estudante de medicina que atendeu a menina de cinco anos que morreu nesta sexta |
O caso está sendo investigado pela DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima). Uma das hipóteses investigadas é que a menina tenha sido vítima de maus tratos por parte do pai. A polícia também constatou que ela foi atendida por um falso médico no hospital RioMar, da Barra da Tijuca. O estudante de medicina Alex Sandro Cunha da Silva já teve a prisão temporária decretada, mas está foragido. A pediatra Sarita Fernandes, apontada como a responsável pela contratação do falso médico, já está presa.
A suspeita de maus tratos surgiu depois que a mãe encontrou marcas no corpo da criança quando ela já estava em coma no hospital Amiu, de Botafogo. Ferraz já estava há quase dois meses sem ver a filha, proibida pela Justiça. A juíza que cuidou do caso tinha determinado o afastamento com base em laudo psicológico que apontou que a menina sofria de síndrome de alienação parental, quando um dos genitores coloca o filho contra o outro.
A criança foi então entregue ao pai, André Marins. Ele nega que tenha agredido a filha e diz que ela teve convulsões.
O delegado Luiz Henrique Marques Pereira, responsável pelo inquérito, aguarda laudo do IML para determinar se as marcas encontradas na menina são resultantes de maus tratos e se elas tiveram relação com o quadro neurológico que a levou à morte.
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