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19/08/2010 - 12h17

Comissão de greve dos residentes quer negociar com governo fim da paralisação

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TATIANA SANTIAGO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar de decidir manter a paralisação, a comissão nacional de greve dos médicos-residentes informou nesta quinta-feira que está aberta para negociar com o governo e irá interromper o movimento assim que a for apresentada uma contraproposta aceitável.

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"A categoria mantém canal de negociação com os Ministérios da Educação e da Saúde e aguarda nova proposta. Se a oferta for adequada ao nosso pleito, voltamos imediatamente às nossas atividades", afirmou o presidente da ANMR (Associação Nacional dos Médicos Residentes) Nívio Moreira Junior.

Ontem (18), a categoria rejeitou a proposta do governo de reajustar em 20% a bolsa-auxílio. Eles reivindicam aumento de 38,7% no valor da bolsa, o que elevaria dos atuais R$ 1.916 para R$ 2.657. A greve, que começou há dois dias, conta com a adesão de 18 mil dos 22 mil residentes do país.

De acordo com o presidente da ANMR, o movimento irá ganhar mais força com adesões de grandes hospitais em São Paulo nesta quinta-feira, entre eles, o Santa Marcelina, Hospital das Clínicas e Hospital do Servidor. Hoje ocorrem novas assembleias no Estado.

Para a associação, os atendimentos na rede pública de saúde não devem ser prejudicados por causa da paralisação da categoria, já que os residentes não atuam sozinhos, mas sempre com supervisão de outros médicos.

"As instituições de saúde devem assegurar atendimento [consultas, cirurgias e demais procedimentos] com profissionais contratados. A greve está expondo o que se tornou uma prática: usar os estudantes que fazem sua formação como mão de obra barata em vez de garantir mais médicos na assistência", diz Moreira Junior.

O CFM (Conselho Federal de Medicina) divulgou parecer em que diz que a greve dos médicos-residentes é "justa" e "ética", desde que não sejam interrompidos os atendimentos de emergência. Segundo a ANMR, os serviços de urgência estão sendo mantidos com o mínimo de 30% dos residentes trabalhando.

 

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