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Beltrame diz que polícia sabe a localização do chefe do tráfico da Rocinha, no Rio
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DO RIO
O Disque-Denúncia oferece desde o início do ano R$ 5.000 por informações que levem ao paradeiro de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, 34, apontado como chefe do tráfico de drogas da favela da Rocinha, na zona sul do Rio. Enquanto isso, em entrevista à revista Época, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, garante saber o esconderijo do criminoso.
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"Sei onde está o Nem (chefe do tráfico da Rocinha), e sei até o que tem dentro da casa dele. Não tenho medo de traficante. Mas não posso arriscar a vida dos moradores. Para eu ir buscar essa pessoa a sociedade está disposta a pagar o custo de algumas vidas? Eu tenho que pensar nisso, porque eu sou um administrador público. Quando decidir entrar lá.. eu vou entrar e buscar porque se tiver que fazer guerra, vou fazer uma vez só", disse à revista o secretário.
Beltrame descreveu o tiroteio do último sábado (21) em São Conrado entre traficantes e policiais militares, junto ao Hotel Intercontinental, como "uma infelicidade" e não quis dar uma previsão para a implantação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na Rocinha.
"A Rocinha vai ter, mas não dá para dizer quando exatamente porque isso envolve não só o sigilo do planejamento, mas a logística. Eu não tenho como entrar lá agora lá porque eu não tenho homens se formando numa quantidade suficiente a cada ano. Precisaria de uns 1.800 para colocar lá. Durante 40 anos só se enxugou gelo na segurança do Rio. Tinha um tiroteio aqui, corria pra lá. Tinha outro, ia para outro lugar. A gente tem que ter muito cuidado, ir na base da faca na bota", afirmou na entrevista da revista.
O secretário também destacou que pediu para instaurar um inquérito para investigar a informação de que 12 policiais militares à paisana tentaram prender Nem antes de começar o confronto em São Conrado, no sábado. "Eu também queria saber isso. Mas, gente, 12 policiais vão enfrentar 60 bandidos lá dentro da favela? Já que levantaram essa possibilidade, eu pedi para instaurar um inquérito e verificar. Podem ser policiais, mas, se fizer um eletroencefalograma neles, vamos ver que loucos eles não são", disse à Época Beltrame.
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