Denúncia frustra possível ataque de criminosos a cabines da PM no Rio

Cerca de 30 policiais militares do Batalhão de Olaria evitaram -- durante confronto com traficantes de drogas na noite deste sábado (18), na favela Cidade Alta, em Cordovil, zona norte do Rio -- um novo ataque criminoso às cabines da PM na Penha e em Olaria, também no subúrbio da cidade. A polícia informou que flagrou o grupo armado reunido após receber uma denúncia anônima. Houve tiroteio -- quatro suspeitos foram mortos e uma moradora ficou ferida.

Este seria o sexto ataque contra policiais em menos de 72h. Desde quinta-feira (16), a PM está em alerta por causa dos cinco atentados registrados contra a corporação nas zonas norte e oeste da capital.

"Recebemos uma ligação anônima dando conta de que os criminosos estariam se agrupando naquela comunidade. É possível que eles estivessem reunidos para planejar alguma coisa. Essa possibilidade existe, mas não tenho subsídios para confirmar isso", afirmou à Folha o comandante interino do 16º Batalhão de Olaria, tenente-coronel Roberto Garcia.

Os suspeitos baleados chegaram a ser levados para o hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha (zona norte), mas não resistiram aos ferimentos. Segundo Garcia, entre eles estavam dois traficantes identificados como Baratão, apontado como segundo homem do tráfico da Cidade Alta, e BG, da favela Vila Cruzeiro, na Penha, ambos da mesma facção criminosa (Comando Vermelho).

Os outros dois traficantes mortos não foram identificados. O comandante afirmou que parte do grupo criminoso conseguiu escapar durante o confronto, inclusive o chefe do tráfico local conhecido como Fofito.

A moradora Priscila da Silva Monteiro, 23, foi atingida no pé por uma bala perdida. Ela também foi levada para o hospital Getulio Vargas, onde passou por uma cirurgia e permanece internada.

Na ação, quatro armas foram apreendidas: um revólver calibre 38, duas pistolas, um pistol use (armamento de origem israelense) e um carregador de fuzil. Na manhã deste domingo, o policiamento foi reforçado na região. "Colocamos uma viatura em cada cabine, agora circulamos sempre com dois carros e contamos com blindados no patrulhamento. Estamos de prontidão", afirmou.